Aqueles primeiros 16 minutos foram fatais. Desencontrado, o Atlético permitiu espaço para o Flamengo criar e o talento dos atacantes cariocas fez a diferença, abrindo dois gols de vantagem e atordoando os atleticanos. Talvez até pela maneira como ocorreu o primeiro gol, na dividida de Guerrero com Weverton, com tempo ainda de o peruano correr até a pequena área e definir a jogada – mesmo com a presença de dois zagueiros na linha do gol.
Aí Diego, com liberdade de ação, fez um golaço e o Atlético murchou de vez. Para despertar somente no segundo tempo, quando veio o gol de Nikão, ceifando o ânimo dos flamenguistas, que passaram, dali em diante a se preocupar com o resultado.
Só que o Atlético também não soube se aproveitar do possível momento de hesitação dos anfitriões. Não tinha força de ataque, como não vem tendo na temporada. Mostrou boa presença na marcação – com Matheus Rossetto passando da bola –, arriscou na armação, mas dali em diante parou.
O jogo terminou equilibrado, dando bons motivos à torcida atleticana acreditar na classificação. Mesmo porque San Lorenzo e Universidad Católica empataram e não se soltaram na tabela.
O jogo da volta, entre os dois, na Baixada, deve decidir o futuro dos comandados de Paulo Autuori nessa fase da Copa Libertadores da América.
Na busca do gol
Cobra o técnico do Paraná Clube a ausência de gols de seu ataque. Nos últimos confrontos decisivos os gols faltaram e custaram a eliminação no Campeonato Estadual e uma sofrida decisão por pênaltis na fase anterior da Copa do Brasil.
Hoje [quinta-feira, 13], contra o Vitória, em Salvador, fazer gol pode ser fundamental para iniciar a passagem à próxima etapa. Porque o 0 a 0, por exemplo, é um empate interessante ao time da casa, que pode jogar fora por qualquer empate que não sai – ou vai pros penais ou se classifica diretamente.
Um golzinho que seja oferece uma possibilidade maior de passar adiante. Com empate, daria o direito do 0 a 0 na partida de volta. Mesmo com derrota, o gol marcado fora poderia fazer a diferença nas contas.
O Vitória é um adversário perigoso. Favorito, até, no embate dessa noite, por jogar em casa, onde tem aproveitamento exemplar na temporada (no Campeonato Baiano, é 100% dentro ou fora, mais boa campanha na Copa do Nordeste). Importante, então, aos paranistas, será tentar manter o adversário sob controle, pois aí, na volta, o favoritismo será invertido e valerá o momento de saber se aproveitar da situação.
Se a eliminação para o Atlético não pesar na cabeça dos jogadores, são boas as chances de voltar da Bahia com bom resultado.