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A projeção das campanhas dos dois clubes paranaenses na Segunda Divisão nacional era clara a cada um de nós – imprensa, torcida, dirigentes, jogadores. O Atlético disputaria a ponta de cima da classificação, enquanto o Paraná Clube já ficaria satisfeito com participação no bloco intermediário.

Bastaram algumas primeiras rodadas para a constatação de que não seria bem assim. Arrasado financeiramente e ainda tendo de cumprir agenda de jogos na Segunda Divisão do Campeonato Paranaense, o Paraná Clube, focado inteiramente no futebol, consegue fôlego para sobrar na competição estadual e firmar campanha na disputa nacional, na qual, aos poucos, vai ganhando espaço entre aqueles do grupo de cima da classificação.

Agregou talento com a chegada de Lúcio Flávio, que teve boa estreia contra o Joinville, com assistência e gol, para gáudio da torcida tricolor. Pensar em subir ainda está longe da razão. Mas, pelo menos por enquanto, se desfazem as nuvens negras de possíveis dificuldades para se manter em região segura, longe de maiores ameaças.

O Atlético, de seu lado, paga pelas prioridades da gestão. Nada se ouve ou se lê sobre o time, reforços, metas ou cobranças. Nada. Tudo o que sai do bunker no qual se fecharam os rubro-negros é sobre o estádio para a Copa do Mundo. E aí, em campo, a equipe vai desmontando aquela previsão otimista de quem era apontado como favorito não apenas para subir, mas também para chegar ao título da Série B.

Sábado, em Fortaleza, foi mais um desses dias tristes em campo. Quase nada se viu de técnica e de criatividade e a fase está tão ruim que nem mesmo a sempre eficiente cobrança de pênalti de Paulo Baier funcionou.

Embocadura

Tudo indica não existir mais aquele Coritiba retrancado e pouco inspirado nas partidas fora de casa. Já na derrota para o São Paulo, pela Copa do Brasil, fez uma boa exibição no Morumbi, sem merecer a derrota (que compensaria com a vitória classificatória em casa). E ontem, em Santos, também foi assim.

Jogou o tempo todo no mesmo nível do adversário e só teve dificuldade em conter a individualidade de Neymar. E quando o Santos conseguiu finalizar, principalmente na bola parada, o goleiro Vanderlei apareceu bem.

E a vitória coxa só não aconteceu por conta de um erro de arbitragem, ao assinalar impedimento de Pereira em um lance legal. Aliás, árbitro bem atrapalhado, prendendo muito o jogo e escolhendo, sem critério, quem punir ou não com cartão amarelo.

Os três pontos deixariam o Coritiba em confortável situação entre os dez primeiros. Mas empate fora de casa não é de se desprezar, por mais que o gol anulado esteja sendo lamentado por todos.

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