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Já tinha gente esperando pelo pior. Aquelas chances desperdiçadas logo no início da partida, a brecha aberta na zaga, a falta de marcação no meio de campo e o consequente gol de Adriano Gabiru para o Corinthians Paranaense. Seria o mesmo filme de domingo passado, da estonteante derrota do Atlético para o Arapongas, em plena Baixada?

Por pouco o técnico Sérgio Soares não contribuiu para isso. A impressão que se tem é a de que o treinador atleticano ainda não sabe direito o que fazer com esse time nem como posicionar as peças que tem à disposição. Paulo Baier e Branquinho, por exemplo, quase nada renderam no primeiro tempo. Baier mostra-se nada à vontade na função de marcador, por não ter mais gás suficiente para tal desempenho. E aí nem marca nem cria, descaracterizando a principal jogada da equipe nos melhores momentos da temporada passada. A saída poderia ser Branquinho, que, mal posicionado, não conseguia ter acesso às jogadas, limitando as ações atleticanas do meio de campo para a frente.

Soluções? Os laterais, claro. Mas, surpreendentemente, Wagner Diniz e Paulinho ficaram presos atrás e só saíam algumas jogadas na frente por conta da correria de Guerrón. Só foram se soltar depois da desvantagem no placar, mas ainda de forma dispersiva, sem a suficiente objetividade.

Imaginava-se um Atlético melhor estruturado no segundo tempo. Modificado, inclusive. Mas Sérgio Soares permaneceu impassível, apostando em suas convicções – que não de­­ram certo, percebeu-se. Ti­­nha, sim, posse de bola. Mas infrutífera, estéril, como a de domingo passado. E aí, quando a situação já se tornava crítica, o nó da corda apertava o pescoço, o treinador decidiu mudar a postura da equipe, alterando algumas peças e posições. Em dois lances seguidos virou o jogo.

O Atlético venceu, alívio geral entre os rubro-negros. Mas ainda está longe de justificar toda a expectativa de sucesso atribuída a ele no início da temporada.

O tempo é o senhor da razão – diria aquele ex-presidente. É esperar pra ver – diria aquele solerte repórter radiofônico.

Pela liderança

O vencedor do jogo de hoje pula para a primeira posição no campeonato – o empate dá a ponteira ao Roma, pelo saldo de gols. Todas as chances para o Coritiba, claro, que passou tran­­quilo pelo Operário e hoje faz a primeira partida em casa.

Alguns ajustes ainda se fazem necessários. Na ala-direita, especialmente. Jonas não foi bem na estreia, mas com o tempo Maranhão vai ser o titular.

Do meio em diante o time encanta pela velocidade somada à objetividade. Hoje os espaços serão menores; retranca pela frente. Um novo e interessante desafio para os baixinhos.

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