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Estamos sempre cobrando mais. O que é bom pode não ser bom o suficiente. O que é ruim talvez não seja tanto assim. E lá vamos nós, em busca de mais parâmetros para podermos traçar nossos conceitos.

Esse jogo de hoje, do Cori­­tiba, é um bom exemplo disso. Qualquer um de nós que acompanha o Campeonato Para­­naense tem convicção da grande diferença técnica entre os coxas e os demais participantes. Está sobrando e se tudo con­­tinuar na mesma balada o título estadual poderá chegar com antecipação, quiçá invicto, sem necessidade de decisão extra entre os campeões dos dois turnos.

Mas o que é bom para a competição doméstica também o será para uma disputa nacional? O primeiro confronto da Copa do Brasil, contra o gaúcho Ypiranga, não serviu de base, tão fácil foi superado. O de hoje, sim, já reserva algumas dificuldades para os até agora imbatíveis comandados de Marcelo Oliveira.

A começar pelo técnico René Simões, que conhece a fundo as entranhas do Alto da Glória. E que, depois de salvar o time do rebaixamento no Brasileiro, leva o Atlético-GO na folgada liderança do Campeonato Goiano, vindo de uma expressiva vitória no clássico contra o Goiás.

O time tem alguns conhecidos nossos, como os volantes Agenor e Pituca (ex-Paraná Clube), que fazem o meio de campo com os veteranos Ramalho e Anailson. Outro ex-paranista, Josiel, tem entrado no ataque, mas o titular é o Marcão, que, suspenso, não jogou o clássico de domingo passado.

Atirando no escuro – mesmo porque não vi exibição recente dos rubro-negros goianos –, acredito no Coritiba classificado para a terceira etapa da Copa do Brasil. Pela comparação individual entre os jogadores, mesmo considerando os quatro desfalques da partida dessa noite, no Serra Dourada.

Ainda que seja muito difícil imaginar a vaga antecipada, com vitória por dois gols de diferença nesse primeiro confronto.

Aliás, não cabe aos jogadores coxas essa preocupação. Precisam, sim, estar atentos à marcação e à bola de ataque do adversário, que certamente tentará construir em casa um resultado confortável para tentar jogar com a vantagem na partida de volta. Impedir essa vantagem do oponente e trazê-la na bagagem da volta de Goiânia será o principal trunfo alviverde após o apito final.

Seja como for, hoje todos nós poderemos ter uma base de como essa equipe que passeia pelos gramados paranaenses se encaixaria no contexto atual do futebol nacional. As contratações pontuais e bem aproveitadas nesse início de temporada ainda carecem de quanto mais respaldo para um bom desempenho também além de nossos limites geográficos?

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