Se era bom jogo que a torcida queria, teve bom jogo no Alto da Glória. O Paraná soube suportar a pressão do Atlético Mineiro e conseguiu importante vitória nesse primeiro confronto eliminatório da Copa do Brasil. Verdade que teve ótimo índice de aproveitamento, com três gols em quatro chances reais criadas, enquanto o adversários criou inúmeras oportunidades e pouco proveito tirou. Pela falta de pontaria no momento decisivo e pelo ótimo momento que atravessa o goleiro Léo, responsável direto pelo resultado de ontem à noite.
Verdade que o goleiro Vítor não esteve em seus melhores momentos, mas isso faz parte do jogo e os paranistas nada têm a ver com o assunto. Importante foi vencer – em partida transmitida em rede nacional – e manter chances de classificação.
Bom público, quase 18 mil pagantes, o que comprova o acerto na transferência da partida para o Alto da Glória e a resposta da torcida, que comparece quando sente que o time pode dar o retorno em campo. E se o bom público queria ver gols e lances emocionantes, certamente saiu satisfeito para casa. Imaginando na possibilidade de um empate em Belo Horizonte, para chegar à próxima fase da Copa do Brasil.
A nova gestão atleticana
O Atlético está vivendo novos dias. Com um foco mais profissional para o futebol, passa, finalmente a valorizar o principal produto do clube, que nunca esteve entre as prioridades dos dirigentes da agremiação, por mais que toda a história da entidade quase centenária se apoie exatamente nas conquistas e nas desventuras vividas dentro de campo.
Com a promoção de Paulo Autuori para o comando do futebol, imagina-se um foco inteiramente voltado para a produtividade, com a integração entre todos os setores ligados aos atletas, na busca de extrair o melhor possível de cada um deles. Caberá a ele, Autuori, a partir de agora o centralizador das decisões na área, permitir as melhores condições de trabalho possíveis a Eduardo Baptista, o novo treinador.
Baptista é um profissional novo na área e muito estudioso, registrando em seu currículo bons momentos dirigindo times do mesmo nível do Atlético, como Sport e Ponte Preta, por exemplo. Quando saiu dessa zona de ação para trabalhar em clubes de maior tradição nacional, como Fluminense e Palmeiras, deu-se mal, por não conseguir suportar a pressão da grande imprensa a repercutir entre associados e colaboradores.
Como qualquer troca de treinador é saudável e mexe com o grupo de trabalho, é de se esperar novos e bons tempos para os rubro-negros. Eduardo Baptista pode dar um upgrade ao time, mas, não custa lembrar, vai enfrentar as mesmas dificuldades de seu antecessor, pela carência de bons nomes em algumas posições. Resolvendo isso – embora ainda precise muito mais -, já dá para voltar a pensar maior.