Dez pontos. É a conta otimista para classificar uma equipe nessa chave de grupo da Copa Libertadores da América. Tem sido sempre assim, as exceções ocorrem apenas quando há enorme diferença técnica entre alguns participantes.

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E para poder arredondar essa conta o Atlético precisa conseguir pelo menos um ponto na partida desta noite, contra o Universitario, no Peru. E mesmo assim ainda com alguns senões, pois os números só fecham se os rubro-negros conseguirem 100% de aproveitamento nas partidas disputadas em Curitiba. E aí, cá entre nós, não dá para cravar antecipadamente uma vitória sobre o Vélez, por exemplo.

Mas ainda tem outra partida fora – alguém pode argumentar. Sim, tem. Mas será na última rodada, contra o The Strongest, na torturante altitude de La Paz. O bom senso recomenda que não se deixe para resolver a situação na última rodada. Ainda mais porque os bolivianos venceram ontem de novo, estão com seis pontos, lideram o grupo e podem depender exatamente de uma vitória naquele jogo para passarem à fase seguinte do torneio.

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Um dos fatores de classifica­­ção será tirar pontos do Universi­­ta­­rio, o patinho feio do grupo, que ainda está zerado. E os próprios torcedores locais admitem o empate como bom resultado no confronto de hoje, contra "El Paranaense".

Só resta saber qual será o desempenho dos atleticanos, que ainda não conseguiram liga sob a direção do espanhol Portugal. O retrospecto não é dos mais animadores, pois nas duas partidas – duas derrotas – que fez fora de casa até ago­­ra (incluindo aquela contra o Sporting Cristal, na primeira fase), o desempenho da equipe foi pífio, com defesa instável, sem capacidade de armação e sem poder de fogo para a finalização. Hoje precisa ser diferente. Muito diferente.

Cuidados

Em tempos passados daria para apostar em barbada. O Coritiba passaria lotado pelo Cene apenas com uma partida. Sim, é bom lembrar que nessa fase da Copa do Brasil a vitória por diferença de dois gols fora de casa elimina o jogo de volta.

Não há o que se questionar da diferença técnica entre as duas equipes, por menos que se saiba do adversário coxa de hoje. Mas acontece que o Coritiba também não está tinindo como se poderia imaginar ou como a torcida gostaria que estivesse. Teve até algumas boas apresentações no início da temporada, mas em jogos isolados, sem continuidade. E ainda não se adaptou ao novo ataque, depois da saída de Deivid.

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Um torneio eliminatório sempre prega surpresas e a eliminação do ano passado para o Nacional-AM ainda dói entre os alviverdes. Boa lembrança para exigir muito cuidado hoje, em Campo Grande. Se não for por dois gols, vitória simples também pesa. Se complicar, até um empate para trazer a chance de classificação para o Alto da Glória.

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