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Comemorar, não comemorou. O torcedor do Coritiba puxou um suspiro aliviado e começou a pensar no ano que vem. Afinal de contas, a grande tensão havia sido na rodada anterior, quando os pontos ainda comprometiam e poderiam levar uma dependência de outros resultados para a jornada decisiva. Mas a vitória sobre o Palmeiras consolidou a posição e neste domingo (6), contra o Vasco da Gama, o time só teve de manter o serviço, confirmando permanência na primeira divisão nacional.

Do jogo, pouco a se considerar. Esse tempo chuvoso que marca Curitiba nos últimos dois meses impediu qualquer possibilidade de uma partida calcada em tática ou técnica. Foi só chutão, porque, a partir de alguns instantes de jogo jogado, a bola não corria mais e, volta e meia, se enroscava em poças, prejudicando o andamento normal do jogo.

Melhor para o Coritiba, que não precisava criar. Por mais que o torcedor queira sempre gol e sempre jogadas de ataque, ontem era mais prudente esperar pelo que viesse a acontecer. E assim o time abriria mão da iniciativa das ações para o Vasco, pois, afinal de contas, era quem precisava urgentemente de uma vitória para combinar com outros resultados e avaliar se ainda seria possível escapar da queda.

Importante lembrar que até na derrota o Coritiba permaneceria na série principal, pois o concorrente não conseguiria tirar a enorme diferença de saldo de gols entre as partes. Vá lá que a equipe exagerou na prudência e, principalmente no segundo tempo, o que se viu foi só iniciativa dos cariocas, ainda que sem nenhuma chance mais aguda de finalização – o gramado encharcado não permitia suficiente domínio de bola.

O Coritiba se livrou pelo que o técnico interino Eriélton Carlos Pacheco, o Pachequinho, fez especialmente fora de campo. Pôs na cabeça dos jogadores que eles eram mais do que aquele arremedo de time que até então se apresentava como sendo representante da unidade coxa. Vieram os bons resultados e ontem, com aquele gramado à beira do impraticável, o grupo soube administrar o resultado mais conveniente. Está livre do pesadelo que parecia se tornar real há umas dez rodadas e que, com argúcia e competência, foi resolvido.

Mas é importante manter pés no chão para a próxima temporada. Isso aí é muito pouco para a grandeza de um campeão brasileiro.

Mácula

O Atlético conseguiu se manter entre os dez primeiros. É uma vantagem? Na prática, não. O que pegou foi a marca da despedida, goleada sofrida em Santos, para o time misto da casa.

No fim de semana tem eleição no clube e a chapa vencedora vai ter de dar uma geral nesse estado de coisas, pois esse estado de coadjuvante não combina com clube que tem estrela de campeão nacional.

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