É estatístico, são números. E não teve como o São Paulo quebrar. Diz a história que os tricolores jamais venceram o Atlético desde que a Baixada ganhou – digamos assim – nova roupagem. E neste domingo (18) não foi diferente.
Até parecia, quando a partida se arrastava em 0 a 0 sem maiores chances de um lado ou de outro. Teve um pênalti reclamado no Cabral pelos rubro-negros, mas o árbitro não deu a mínima importância. Até achei que foi, mas não sei se o ângulo do árbitro era favorável. E assim, tudo indicava que não haveria mais nada até o apito final, pois o São Paulo não oferecia maior perigo, enquanto o Atlético padecia de seu principal problema na temporada: a falta de articulação para as jogadas de finalização.
Mas, seja como for, o gol saiu. E veio com um bocado de sorte, pois o cruzamento da direita desviou no zagueiro, tirou o goleiro e foi parar justamente na barrida do atacante Pablo, que se transformou no artilheiro do time na temporada do campeonato brasileiro.
Resultado justo, mas nem alimentar nenhuma empolgação para os atleticanos.
O time foi burocrático e enfrentou um adversário que está longe de seus melhores momentos históricos. Importantes foram os três pontos, que ainda alimentam alguns sonhos de classificação para a temporada sul-americana.
Valeu pelo resultado, importante para manter o tabu contra os são-paulinos, o que sempre marca. Mas é de se pensar em melhores dias, de alguém organizando as coisas no meio de campo, o que, talvez, Lucho Gonzales consiga realizar, apesar de seus anos a mais para a média do futebol.
Não mais freguês
No Recife, importante resultado do Coritiba. Com direito a quebra de tabu e uma projeção de novos tempos pela frente. O retrospecto apontava nenhuma vitória coxa em jogos pelo campeonato brasileiro e ontem finalmente aconteceu o triunfo. Com um gol marcado pelo volante reserva Amaral, ain’da no primeiro tempo (ele que entrou para segurar as coisas no meio de campo com a suspensão de João Paulo).
Foi uma casquinha salvadora, mas que representou um resultado importante, dentre os raros triunfos fora de casa da equipe na temporada. E aí, de resto, a boa estrutura defensiva armada pelo experiente e arguto treinador permitiu a garantia da vitória inédita na Ilha do Retiro.
Na pressão da classificação entre a turma lá de baixo, o Coritiba dá uma boa respirada. Põe cinco pontos à frente do primeiro da zona do atoleiro e abre três do próprio Sport, o adversário batido de ontem.
Importante conquista, permitindo respirar por uns dias, porque o próximo adversário é simplesmente o melhor time da competição, Palmeiras, lá na arena deles, sempre lotada a incentivar o líder do campeonato.
Mas, numa dessas, quem sabe também não cabe uma surpresa por lá?
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