O torcedor é sempre um desconfiado. Vê fantasmas por todos os lados. Mas daí Raphael Veiga provou que tudo é muito simples no futebol. Pediu para jogar (embora apalavrado com o Palmeiras para as próximas temporadas), os companheiros apoiaram e ele pegou uma bola na intermediária, armou o pé esquerdo, fez um três dedos e marcou um golaço, abrindo o caminho da vitória coxa no Atlético-MG. Belo exemplo de profissional, pois, afinal de contas, por enquanto ainda é funcionário do Coritiba.

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Depois veio o gol de Kléber, no penal bem cobrado, e o bom resultado alviverde, garantindo mais ar para respirar nas rodadas de finalização do Brasileiro. Que serviu para afastar ainda mais o Coritiba da ameaça lá de baixo e para tirar as chances de título dos mineiros.

Boa atuação coxa, a partir das surpresas sempre presentes nas escalações dos Carpegiani. No confronto de ontem o predomínio foi dos mandantes, mesmo com toda diferença técnica do adversário. Como o Galo poupou alguns de seus astros, quando pôde utilizá-los já era tarde e a vitória coxa já estava escrita.

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Como sempre

E o Atlético? Ontem me fez lembrar a “Fúria”, a seleção da Espanha dos anos 80 ou 90. Antes daquele poderoso esquadrão que venceu a Copa de 2010, os espanhóis partiam para qualquer campeonato como favoritos – segundo eles mesmos.

Daí vinha a competição, a seleção não ia bem e o que se ouvia era a ladainha corriqueira: “jogou como nunca, perdeu como sempre”. Mais um fracasso somado à história de outros tantos da seleção.

Não que se aplique exatamente assim ao Atlético. Nesse caso, cabe muito bem um “jogou como sempre, perdeu como sempre”, pois, mesmo contra uma equipe frágil, como é o Vitória, conseguiu ser nada criativo e repetiu apenas mais uma frustração fora de casa – ainda que por alguns momentos pudesse ter passado a sensação de finalmente estar quebrando a escrita, com vantagem no placar.

Porém, mesmo enquanto vencia a partida – com dois gols que se iniciaram a partir de jogadas de Lucho Gonzales, é bom que se diga -, não passava segurança suficiente para sugerir a consolidação do melhor resultado. E perdeu de novo, levou a virada depois de virar, colecionando mais uma derrota no Nacional.

Mas, apesar de tudo, o Atlético foi beneficiado pelos resultados e torce hoje contra o Grêmio, para tentar manter-se na zona de classificação para a Libertadores. É um desafio permanente, o time parece fazer tudo para jogar a vaga fora, mas os concorrentes insistem em entregar o lugar.

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Tudo igual

Sábado teve derrota do Paraná na Série B. Normal, como tem sido a rotina tricolor na competição. E, pensando bem, tudo que foi escrito acima também se encaixa na situação aqui.