E amanhã, como será?
Teoricamente enfrentar a Venezuela em casa não seria razão de sustos. Teoricamente, claro, pois a seleção brasileira tem se apresentado tão fraca e sem inspiração que não há mais como projetar uma vitória antecipada. Nem mesmo contra a Venezuela.
O que acontece é que o mundo mudou e o técnico Carlos “Dunga” Verri ainda não percebeu. Não apenas o mundo real, mas principalmente o do futebol. Nem me refiro ao que ocorre fora de campo, com tantas falcatruas e corrupção vindo à tona e derramando por todos os lados. Dentro de campo mesmo, nas definições táticas, na criatividade, na polivalência, principalmente.
Luiz Felipe Scolari levou um vareio da Alemanha na Copa do Mundo por insistir naquele modelo arcaico de prender dois volantes na marcação e deixar um centroavante fixo lá na frente, perdido em meio aos zagueiros contrários. Aí perdeu o meio de campo e levou de sete.
A lição que seu sucessor deveria ter aprendido parece não ter surtido efeito algum. Dunga viu seu time ser eliminado da Copa América pelo Paraguai e, mesmo assim, não entendeu como andam as coisas no futebol de hoje. Prova disso foi a tenebrosa exibição contra o Chile, que tratou a seleção brasileira como time pequeno – que hoje realmente o é.
Não cabem mais volantes exclusivamente de marcação, de contenção, que é o que hoje se apresenta. Aliás, não cabem mais volantes, na acepção da palavra. As grandes equipes do mundo e as principais seleções aboliram a função, trocando por meias, que tanto marcam quanto criam e ainda finalizam. Muller e Schweinsteiger, por exemplo, que a Alemanha nos escancarou na goleada do Mineirão.
A tática que vinga hoje é a aliança da técnica com a criatividade. O mesmo jogador que desarma já conduz a jogada adiante, ao contrário do volante, que precisa de alguém ao lado para criar. E outro ponto é a diferença entre correr com a bola e fazer correr a bola. Os brasileiros ainda insistem na primeira opção, contra a qual existem diversos antídotos.
Para amanhã Dunga acena com a possibilidade de se enquadrar nessa última hipótese, via provável escalação de Lucas Lima. Não abre mão do volantão, mas pelo menos percebe a necessidade de abrir um caminho para sua equipe chegar lá na frente. Talvez seja suficiente de momento, enquanto Neymar não pode jogar e dar o toque de qualidade que essa turma aí não consegue.
Dureza
Acompanhei a partida do Operário, sábado, pela quarta divisão nacional. Derrota sofrida em casa, contra o Clube do Remo. Agora precisa ir buscar o resultado fora. Nada impossível, mas o sonho da classificação ficou bem complicado.
Confiança e esperança serão as palavras mais pronunciadas durante a semana.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos
Deixe sua opinião