Tenho muita dificuldade de entender o que passa na cabeça de um treinador de seleção brasileira. Quer dizer, treinador de uma forma geral, mas especialmente os da seleção brasileira. E todos eles são iguais, repetindo os mesmos preceitos, convocando jogadores que nem atuam em troca de outros que estão tinindo e coisas assim.

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Veja essa de nosso brioso Carlos “Dunga” Verri, que não poderá contar com Neymar nas duas primeiras partidas das Eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. Mesmo assim convoca o atacante do Barcelona (aí já não sei se é exigência do patrocinador dos amistosos ou algo que o valha) para participar das únicas partidas preparatórias de sua equipe para a importante e complicada competição continental.

Em outros tempos pouca diferença faria, pois os brasileiros e argentinos invariavelmente passavam por cima de todos os demais adversários. Hoje, nivelados por baixo, todos se encontram em patamares próximos e cada jogo implica em sérias dificuldades para os outrora poderosos favoritos. Mais ainda quando não é possível contar com Neymar, conforme ficou provado na Copa do Mundo e na Copa América.

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Seria, então, o momento de treinar intensivamente uma formação que pudesse dar conta dos confrontos iniciais, especialmente o primeiro, contra o Chile, em Santiago. Temos de reconhecer que os campeões sul-americanos são os favoritos e nosso grupo, em vez de aplicar soluções atenuantes à superioridade técnica contrária, fica encontrando espaço para o atacante exibir seu inegável talento. Foi o fator diferencial no amistoso de anteontem, contra os Estados Unidos, pois até sua entrada a partida estava feia e equilibrada – como já havia sido a apertada vitória sobre a Costa Rica, dias atrás.

Perdeu o treinador brasileiro uma grande chance de arrumar a casa. Portanto, vem sofrimento aí no fim do mês.

O apito de cada um

A volta das temporadas internacionais permite uma comparação surpreendente entre a arbitragem daqui e a que se pratica lá fora. As regras são as mesmas, não mudam quase nunca, mas a interpretação, em alguns casos, tem sido completamente diferente. Principalmente nos critérios de bola na mão, que tanto têm mexido com as opiniões nas diversas divisões do Campeonato Brasileiro.

Talvez seja excesso de preciosismo dos dirigentes da arbitragem nacional, tentando fazer valer aqui o que já é consagrado lá fora. E aí, por causa disso, excessos são cometidos e a todo instante pênaltis são marcados em lances que lá fora não seriam considerados assim.

Pode reparar num jogo de lá, qualquer um, de qualquer país. E pode comparar com o vídeo de uma partida de três, cinco anos atrás. Os parâmetros são os mesmos, nada mudou. Bem ao contrário do que ocorre aqui, com um novo azimute a cada temporada. Outra herança ruim que a Copa nos deixou, além daquele 7 a 1.

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