A ressaca foi além do esperado. Natural que houvesse um desvio de rota depois de mais uma perda de título da Copa do Brasil. Mas o Coritiba sentiu bem mais do que se poderia imaginar e na partida de sábado, contra a Ponte Preta, foi um frágil arremedo do time que tão bem vinha se conduzindo na temporada.
Rafinha, por exemplo, esteve irreconhecível, por mais que se esforçasse e procurasse o jogo nas duas laterais do campo. E sem ele o time perde o ritmo. Éverton, tanto um quanto outro, não se achou e aí a criatividade caiu lá no chão.
Mas, é bom lembrar, o time até que vinha se comportando bem. Foi quando perdeu Lucas Mendes, machucado. O técnico Marcelo Oliveira optou por Junior Urso, deslocando Sérgio Manoel para esquerda. Foi o fim. Sem cacoete (embora informações de que já tivesse jogado por ali), Sérgio Manoel se perdeu, até ser substituído no segundo tempo. Pior: sem ele, o meio de campo não teve mais saída de bola, pois todas as jogadas caíam com Urso (incrível como ele consegue se desmarcar e aparecer para os lances!), que não tem o mínimo recurso para dar continuidade ao jogo. Não teria sido melhor (cornetada) deslocar Éverton Ribeiro para a esquerda, ele que já foi lateral nos clubes por onde passou antes de aterrissar por aqui?
A consequência da derrota é a entrada na sempre desagradável zona do rebaixamento. Que deve ser transitória, imagina-se. O tempo entre a frustração da perda e a bola rolando no próximo jogo foi muito curto para ser plenamente absorvido. Daqui para frente o campeonato deve começar de vez para o Coritiba. Que tem um grupo de jogadores suficientemente qualificado para estar entre os primeiros do Brasileiro.
Mas, para tanto, tem de provar em campo que acordou para a nova realidade.
Novos rumos?
Outra vitória apertada em Paranaguá. A diferença foi que desta vez o Atlético já apresentou nuanças de uma equipe que pode dar certo. Distraída com a burocracia de construir um estádio para a Copa do Mundo, a diretoria se desligou, esquecendo da necessidade de montar uma boa equipe para retornar de primeira à principal divisão do futebol brasileiro.
E aí, quando a água bateu no pescoço, foi a correria geral, lembrando os tempos em que o clube parecia mais uma prateleira de supermercado de atletas, com ofertas interessantes para todos os mercados. A diferença foi que desta vez houve critério nas contratações e os estreantes de sábado corresponderam.
Se uma das deficiências estava nas laterais, Maranhão e Saci preencheram as posições com correção. De Maranhão saiu a jogada do primeiro gol e Saci teve peito e coragem para transformar em gol da vitória o pênalti marcado em Ligüera. Falando nisso, belo retorno do uruguaio, que mudou o ritmo do time e pode crescer ainda mais.
Dois jogos em casa, seis pontos. Os primeiros aos trancos e barrancos, depois mais ao natural. Bom teste será amanhã, contra o Avaí, em Florianópolis. Aí vai dar para sentir se o time já se achou ou não.
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