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Não foi uma exibição primorosa, mas a seleção brasileira fez o suficiente para passar pelo México e manter o pleno aproveitamento na Copa das Confederações. A impressão que deu foi a de um time travado no meio de campo, de onde as jogadas não fluíam para o ataque. Oscar, especialmente, estava apagado. A consequência foi a insistência nas jogadas de ligação direta vindas lá da defesa, o que, vamos reconhecer, empobrece a técnica da partida, além de comprometer a posse de bola da equipe.

Não havia continuidade nas jogadas, o que exigia mais trabalho e mais ação dos brasileiros. Primeiro, pela recuperação da bola (que em momentos da partida chegou a ser mais mexicana) e depois pela dificuldade em mantê-la na frente. Mais ainda quando David Luiz se machucou e a equipe ficou com um jogador a menos por alguns bons minutos. Mesmo com a volta dele, inseguro e com um tampão no nariz fraturado, houve dificuldades em recuperar o ritmo, talvez até pela preocupação com o companheiro lesionado.

Mas há pontos positivos. Sempre há. Apesar de hesitar em alguns momentos e oferecer lances de emoção aos atacantes mexicanos, a defesa brasileira passa segurança, bem ao estilo do técnico Luiz Felipe Scolari – que não esconde sua preferência em priorizar a marcação. Os dois zagueiros são firmes e a proteção ali na frente da "becaria" é perfeita com Luiz Gustavo, de quem pouco se ouvia falar até dia desses. Ontem ele não errou nenhum bote, foi eficaz na cobertura e não raras vezes compôs atrás, como um terceiro zagueiro, permitindo aos outros dois cobrirem os laterais, que não têm na marcação seus principais predicados.

O outro fator – e o mais positivo de todos – é Neymar. Como fez bem o contrato assinado com o Barcelona. A segurança do futuro deu-lhe a maturidade que ainda pendia em suas apresentações e influenciou bem mais do que o agora discreto corte de cabelo. Foi escolhido ontem, novamente, o melhor jogador em campo. Destro, fez o primeiro gol num sem-pulo de pé esquerdo e conseguiu arranjar espaço no meio de dois mexicanos para proporcionar o segundo gol ao artilheiro Jô.

Sábado tem a decisão do grupo contra a Itália.

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