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E quando era de se imaginar o melhor, o Coritiba mais uma vez ficou no meio do caminho. Já estabilizado nas partidas do Alto da Glória, quando se impõe aos adversários, continua tímido e inseguro quando joga fora de casa. E ontem, mais uma vez, permitiu o comando do jogo aos anfitriões.

Nem tanto pelo primeiro tempo, quando o goleiro Fernando Henrique comemorou algumas boas defesas que executou. Mas no segundo, tirando o gol logo de chofre que ainda permitiu a reação do Ceará, nada mais se viu de ação da equipe coxa, que mantém o histórico de baixo aproveitamento longe de Curitiba, sem preencher os requisitos básicos de quem pretende algo mais além da simples participação no campeonato brasileiro.

Uma vitória em Fortaleza poderia representar a passagem concreta para a disputa de uma vaga na Copa Libertadores da América, pois restariam apenas dois pontos de diferença para o pior dentre os candidatos habilitados ao torneio continental. Nada mais do que uma partida e um resultado positivo.

Mas ainda não foi dessa vez e o Coritiba continua no "quase", à espera de um toque de condão que possa fazer ressurgir aquele time poderoso do primeiro semestre. Que a torcida ainda acredita ser possível de acontecer nessa competição, embora o tempo esteja cada vez apertando mais e conspirando contra.

Subterfúgios

Tudo corria bem. Pelo menos aparentemente. Até surgir aquele pênalti, nos acréscimos, que definiu o placar. E o Atlético que aparentava ter a vitória assegurada teve de engolir outro resultado ruim em seu estádio e encarar a realidade de quem não consegue fugir da ameaça cada vez mais real de rebaixamento.

No desespero de quem está despencando, diretoria, comissão técnica e torcida responsabilizaram diretamente a arbitragem pelo placar, como se o time não tivesse se encolhido e atraído o Fluminense para seu próprio reduto. Mas nessas horas de pura emoção e frustração poucos se lembraram do pênalti perdido que poderia ter feito a diferença do placar, mesmo com o sucesso na conclusão dos cariocas – em pênalti tão duvidoso quanto o não convertido por Cléber Santana.

O Atlético passa por um momento delicado e perigoso. Não pode, por isso, se deixar levar por desculpas ou subterfúgios para desviar a atenção de seus maus resultados.

Respirando

O mais otimista torcedor do Paraná ainda acredita. A boa atuação contra o Náutico alimenta esperanças no futuro cada vez mais incerto. Sem tempo para descansar, pois amanhã tem jogo decisivo no Ceará e uma rara vitória fora de casa ainda poderia permitir a chance de sonhar com uma ascensão ao término da temporada.

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