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Está difícil, cada vez mais difícil. Ontem o Atlético não teve nem chance de tentar propor um ritmo de jogo ao Palmeiras. Levou um gol e quando empatou teve um jogador expulso. E logo o capitão, Cléber Santana, por querer fazer chacota com o árbitro.

Se não tivesse sido excluído ainda no primeiro tempo de jogo talvez seu time até tivesse chance de melhor resultado. Com um a menos – e com todas as conhecidas limitações técnicas da equipe –, é de se comemorar o empate, que, no fundo do fundo, não foi bom para nenhum dos dois em campo.

Identidade coxa

E por que não a Liber­ta­dores? O foco da comissão técnica do Coritiba é uma vaga no torneio continental e embora haja uma distância a se considerar na faixa de pontuação, é de se considerar o projeto como real e possível – na edição de ontem dessa Gazeta foi possível relembrar ocasiões anteriores de sucesso obtido por equipes que se apresentavam ainda mais afastadas das primeiras colocações do Campeonato Brasileiro.

Sonhar com a Libertadores significa pensar grande e jogar bem mais do que o vem fazendo até o presente momento do campeonato. O Coritiba entrou nessa rodada entre os oito primeiros jogando apenas para o gasto, sem nenhum grande momento ou apresentação marcante. Menos até: perdeu pontos im­­pro­­váveis em casa, que hoje po­­deriam estar garantindo pelo menos duas posições acima.

Passar hoje pelo Vasco da Gama pode ser o primeiro passo rumo ao patamar superior, que quase foi apontado como barbada para aquela equipe que deu show no primeiro semestre, colecionando vitórias e encantando em campo. Inclusive contra o próprio adversário desta noite, contra o qual entrou como favorito na decisão da Copa do Brasil e deixou escapar um título que sempre esteve mais perto do Alto da Glória do que de São Januário.

Até mesmo por isso, por força de motivação, uma vitória sobre um oponente que está atravessado na garganta e nos pensamentos possa servir para recolocar novamente o time nos eixos. Afinal de contas, tirando alguns desfalques naturais que a competição proporciona por lesões e suspensões, o grupo de trabalho é o mesmo que a opinião pública nacional apontava como favorito para aquela conquista.

A vitória de domingo passado, contra o Corinthians, proporcionou a estabilização emocional da equipe, que andava se sobressaltando a qualquer movimento errado. Já como consequência dos novos dias vividos pelos coxas é de se esperar hoje o time mais coeso e concentrado nessa partida do Rio de Janeiro. A defesa deve ganhar segurança com a entrada de Demerson. Willian também dá mais consistência ao meio de campo, permitindo mais espaço de criação para Tcheco e liberdade total para Rafinha. No ataque, o retorno assegurado de Bill oferece mais opções de finalização.

O jogo de hoje pode apontar o futuro entre o Coritiba burocrático de hoje e aquele avassalador de meses atrás, hoje adormecido.

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