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Alex fez a diferença. De novo. Por isso ele é craque, é diferenciado. Muito torcedor do Coritiba já havia deixado o estádio, desconsolado com a derrota que se construía em casa. Perderam um golaço. Que começou no bom arremate do novato Jânio, bela defesa do goleiro e na sequência o passe na medida de Julio César para Alex completar de puxeta, aliviando um pouco o sofrimento da galera coxa.

Foi o penúltimo lance do jogo, que, por justiça, teria o Bahia como vencedor. Era o time mais encorpado em campo, marcando a saída de bola dos donos da casa e tirando proveito da ausência de seis titulares.

E jogar sem seis titulares não é fácil. O torcedor nem quer saber e, para não fugir da cultura nacional, culpa o treinador. Mas o próprio Alex, na saí­da do gramado, isentou Marquinhos Santos de qualquer responsabilidade pela fase ruim da equipe. "Com tantos desfalques e com esse calendário opressor não dá mesmo", reclamou.

E tem razão, pelo menos no que se refere à falta de mão de obra. A não ser que o Coritiba tivesse um grupo de altíssima qualidade – o que seu orçamento não permite –, haveria condições de compensar a falta de titulares com reservas de nível técnico próximo. Assim, a quem questiona o trabalho do técnico, é de se perguntar quem escalar no lugar daqueles que sobraram para a composição do time.

Mas o Coxa pelo menos tem Alex e craques como ele são contados nos dedos nesse Campeonato Brasileiro. Até que não vinha bem na partida, fortemente marcado pelos baianos. Mas o toque extraclasse impediu a derrota em casa, amenizando a frustração de não poder vencer uma partida daquelas consideradas como de três pontos garantidos.

Menos mal que os demais resultados não foram desfavoráveis. A rigor, o ponto do empate diminui para seis a diferença para o Atlético, o último colocado do grupo de classificação lá na ponta de cima da tabela.

Branco total

Já não foi a primeira vez. Ontem o Coritiba entrou em campo com calções brancos, quebrando o padrão de cores de seu uniforme tradicional. E sem justificativa, pois, como mandante, tem a preferência para a definição dos tons a serem usados na partida.

Não tem influência no resultado, claro, mas passa por cima de momentos históricos de um clube centenário, que sempre teve o calção preto como referência. Nos anos 80 viveu até uma tentativa com calções verdes (gosto pessoal do diretor Bob Lattes), mas não emplacou.

É de se perguntar: quem será o padrinho dos calções brancos na vida atual do clube?

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