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Valeu a luta. Como pouco se viu nessa temporada, os jogadores do Coritiba se entregaram o tempo todo e ontem foram recompensados com a vitória sobre o Santos. Souberam defender no primeiro tempo, quando, desencontrados, viam o adversário trocar bolas e chegar na própria área, ainda que sem chances reais de finalização.

E no segundo, com a boa mexida do técnico Pachequinho – Thiago Lopes entrou e deu qualidade à armação de jogada, tanto que construiu o lance do gol de Henrique -, conseguiram assumir o controle da partida, marcando a saída de bola contrária, garantindo o domínio de jogo e impedindo qualquer surpresa do outro lado. E quando as poucas chances ocorreram o goleiro Wilson tratou de garantir imaculado o seu gol.

Mais três pontos, na conta apertada para escapar do rebaixamento. Alguns resultados ajudaram, como os tropeços dos três catarinenses e do Goiás, mas o Vasco segue no encalço, com a boa vitória em Joinville. E pode ser o adversário de um jogo decisivo na última rodada, no Alto da Glória.

Tanto é assim, que o sofrimento continua. O fato é que o Coritiba paga agora por um ano todo errado. O que poderia ser uma esperança de renovação, de novos dias, de novo perfil de gestão com a posse de uma diretoria que pregava mudanças de um status que já não era bom, tornou-se uma grande desilusão, jogo a jogo, campeonato a campeonato.

Falta de tato, de sensibilidade para tocar o futebol, de jogo de cintura para tomar decisões corretas e pontuais à medida que a situação exigia tem sido a marca desse comando coxa. Perdeu o título estadual levando show de bola em casa, foi até onde pôde na Copa do Brasil, mas tornou-se habitante quase permanente da zona de rebaixamento do campeonato brasileiro. Por rodadas e rodadas, sem que houvesse qualquer esboço de reação, de tomada de atitude, de proposta de ajustes, nada disso. O barco afundando e o comandante alheio à tudo, imaginando que um dia tudo se resolveria ao natural.

Não se resolveu, como todos perceberam. E quando veio a decisão da troca de treinador o rendimento do time melhorou, mas já com o horizonte quase fechado para as chances de salvação.Com Pachequinho o Coritiba parece estar respirando. Com alguma dificuldade, é verdade, mas já se percebe uma mudança fundamental: todos brigam por qualquer centímetro do gramado e encaram o espírito de decisão a cada jogada. E está tudo tão apertado que não é possível imaginar qualquer prognóstico para as próximas e derradeiras duas rodadas.

O Palmeiras, próximo compromisso, é um adversário difícil. Mas, tanto quanto o Santos, precisa poupar jogadores para a decisão da Copa do Brasil. Sábado, contra o Cruzeiro, já se enroscou. Um ponto que venha de São Paulo já resolve, mas força a obrigação de passar pelo Vasco na despedida.

Complicado, muito complicado. Mas foi o caminho que a má gestão escolheu para o Coritiba.

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