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E aí, quando o torcedor do Atlético até estava conformado com o placar de 0 a 0 no Recife, veio o gol do Santa Cruz, permitindo a reabilitação de mais um adversário lá de baixo, da zona do rebaixamento, neste Campeonato Brasileiro.

Se formos pensar bem, a rigor, o resultado foi justo para os pernambucanos, que voltaram a vencer depois de nove insucessos seguidos na competição. Foram eles, afinal, que procuraram jogar, criar e forçar o maior volume de bola dominada. Atacando sem precisão, pois não têm recursos técnicos para tal, mas, pela insistência, foram premiados com o gol de Bruno Moraes no último lance da partida.

O Atlético se mostrou instável, como sempre. E, na falta de melhores jogadas, perdeu logo no primeiro tempo uma de suas jogadas mais fortes, que é o arremate de Hernani de fora da área. Lesionado, o volante/meia deixou o campo, levando com ele a única opção de finalização que vinha funcionando nos últimos tempos.

O Atlético continua a ser um péssimo visitante. E não importa se o oponente está na faixa de classificação de cima ou na zona do atoleiro lá de baixo. Fora de Curitiba é quase certo cravar derrota, por falta de estrutura emocional de um time ainda – e sempre, em eterna – formação.

Terminada a partida, a ladainha de sempre: “nosso time ainda é muito jovem, mas estará pronto no ano que vem”.

Ou não, se, como de costume, alguns de seus principais valores forem negociados.

Coxa ficou no caminho

Poderia ter sido melhor, mas o empate com o Corinthians não deve ser desprezado. Principalmente depois de o Coritiba ter ficado com um jogador a menos, com a expulsão de João Paulo. Embora, como só o futebol pode proporcionar, tenha crescido de produção justamente nos momentos finais da partida, passando por cima da inferioridade numérica para tentar garantir o melhor resultado.

Vitória que não veio por conta de alguns atrapalhos da arbitragem – para os dois lados, diga-se – e pela ansiedade na conclusão de algumas jogadas que poderiam ter sido melhor trabalhadas.

Impossibilitado de contar com algumas de suas melhores peças, o Coritiba bem que equilibrou a partida, contra um contendor mais forte e teoricamente favorito – embora também com seus desfalques – e chegou até a oportunidades de finalizações, não concretizadas por falta de melhor discernimento na elaboração das jogadas.

Para efeitos de classificação, o ponto a mais deve ser bem recebido. Fechou a noite três pontos acima da zona do rebaixamento, embora a diferença possa cair, conforme os resultados das partidas de hoje. Mas pelo menos lutou, dentro dos limites que as opções permitiram.

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