Hoje é dia do primeiro grande desafio do campeonato estadual. Primeiro confronto entre duas equipes que, teoricamente, entraram na disputa com o objetivo de chegar ao ponto máximo, ou seja, à conquista do título.
Coritiba e Londrina têm tudo para fazer uma partida das mais interessantes no Alto da Glória. Pelo menos se forem confirmadas as expectativas criadas em torno dos dois clubes antes do início da competição. O Coxa contratou um técnico de respeito, com boa projeção nacional, mas com o feedback de ter crescido profissionalmente no próprio clube, como preparador físico. Gilson Kleina está conseguindo moldar o time de acordo com suas convicções, conforme pôde ser observado nas partidas já realizadas.
Praticamente com o mesmo grupo que bateu cabeças no ano passado, a equipe de agora já tem uma linha de ação definida e um rendimento mais equilibrado. A defesa cresceu com a entrada de Ceará, que marca bem e só desce na boa, e com a proteção de Amaral – apesar da bobagem que fez na derrota para o Grêmio, pela Primeira Liga – à zaga, permitindo mais liberdade aos outros dois volantes, que avançam e criam.
E o ataque tem tudo para jogar por música. Já oferece alguns acordes, mas dá afinação de poder fazer bem mais assim que Leandro pegar entrosamento com Kléber e Negueba.
Até aqui a campanha registra duas vitórias no campeonato doméstico e um empate e uma derrota contra os gaúchos. Derrota imerecida, sofrendo gol irregular e tendo um gol regular anulado. Mas para teste de força essa partida de hoje será fundamental, podendo escancarar a jornada futura ou ainda oferecer alguma restrição de continuidade.
Isso porque o Londrina também tem 100% de aproveitamento na competição e também não sofreu gol. Bem dirigido e bem organizado fora de campo, vem em alta desde a ascensão da segunda divisão paranaense, galgando degraus e só crescendo ano a ano. Tem disputado os títulos locais e agora integra a segunda divisão nacional, o que reforça o fluxo de caixa e as ambições de voos mais altos.
É tira-teima, termômetro ideal para sabermos como será nosso campeonato em 2016.
Fez que foi, mas não foi
Ainda tento entender o que passa na cabeça de alguns dirigentes. Assisti na TV uma discussão sobre a fase atual do meia Gerson, do Fluminese. Sensação da seleção sub-20, foi vendido à Roma por um bom dinheiro em 2015. Como a janela europeia estava fechada, ficou por aqui mais um tempo, com o compromisso de seguir na abertura de agora. Não foi, ficou mais e, em má fase, nem titular vem sendo na equipe carioca. E os italianos, que mandaram o dinheiro, parecem não estar muito preocupados com isso.
O triste da história é a possível queima de um talento pela precipitação de negócios no afogadilho. Sem contar no desperdício de dinheiro, que, para os dirigentes da Roma parece não ter importância nenhuma.
100%
Aproveitamento total e importante vitória fora de casa. Vale tanto para Atlético quanto para o Paraná Clube.
Vi aqui em Maringá o Paraná Clube de perto pela primeira vez e palavra que fiquei muito bem impressionado. O técnico Claudinei Oliveira, com tão pouco tempo de trabalho, já conseguiu moldar um perfil para sua equipe e a consequência são os resultados obtidos em campo, garantindo a liderança do campeonato após o encerramento dos jogos de ontem.
O Maringá lamenta a segunda derrota ocasionada por falha de seu goleiro. Bom goleiro diga-se, William Menezes, mas que talvez ainda não esteja no ritmo adequado depois de uma temporada inteira sem jogar.
Belo resultado, atuação convincente e consciente de quem parece finalmente estar contando uma história diferente nessa temporada.
O Atlético virou em Paranaguá, sofrendo com o gramado encharcado. Mas comemorou – e muito – com dois gols de Deivid, o que só acontece uma vez na vida.
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