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Se o futebol tivesse outras exigências que não sacudir a rede, esse time do Paraná Clube se daria muito bem. Cada vez me impressiona mais a capacidade que a equipe tem de controlar a bola sem qualquer objetivo maior do que a constante troca de passes entre seus jogadores.

Foi assim de novo na terça-feira, na derrota para o Bragantino. O primeiro tempo paranista foi horrível, apenas um chute a gol e mesmo assim sem maior importância. Mas a posse de bola estava perfeita. Ou quase isso. Só que estéril, gastando tempo sem qualquer objetivo maior a não ser manter o ritmo de jogo sob controle. Inclusive com o placar adverso.

E aí é que vem o problema dessa concepção tática do técnico Fernando Diniz – que nos leva, às vezes, ao contrassenso. Dias atrás escrevi aqui sobre o lado positivo disso tudo e a forma como a exibição da equipe agradava. Tinha sido logo após a significativa vitória sobre o Náutico, quando os tricolores conseguiram utilizar o toque de bola a favor, administrando o tempo enquanto aguardavam possíveis brechas abertas pelo adversário.

Mas o reverso é que pega. E que tem sido o vilão do Paraná Clube. Porque jogar com o resultado a favor torna tudo mais fácil e aí não há esquema de jogo melhor. Para tanto é preciso primeiro saber construir o placar. Correr atrás, depois do prejuízo, exige outra postura em campo em vez da monótona e infrutífera troca de passes sem fim.

E o que parecia ser um futuro compensador voltou a virar pesadelo. A um ponto da zona de rebaixamento, o time precisa a todo custo da vitória amanhã, em casa, contra o Sampaio Corrêa. Claro que para isso tem de pelo menos chutar a gol.

Primeiro passo?

Até que enfim alguém acertou a pontaria. Desta vez o Coritiba criou chances e finalizou certo, acabando com o jejum de oito jogos e vencendo o Palmeiras, amenizando a situação que ainda é cruciante na classificação do Brasileiro.

Henrique foi decisivo. Por se movimentar melhor no ataque, exigindo rodízio constante na marcação do adversário. E por conseguir fazer os dois gols que decidiram a partida, um em cada tempo – ainda se dando no direito de perder outra bela chance nos instantes finais do primeiro tempo.

Não que a solução para os problemas tenham vindo com o resultado dequarta-feira. Pode ter sido apenas um pequeno passo para uma longa e árdua caminhada que ainda vem pela frente. Mas pelo menos veio o alento, na justa vitória contra uma equipe superior e que briga pelas posições lá de cima. E vai mais forte para o confronto direto com o Vasco, no fim de semana.

No Maracanã, um Atlético apagado não conseguiu evitar a derrota para o Flamengo. O técnico Milton Mendes repetiu o mesmo time e as mesmas alterações de domingo passado, mas dessa vez não funcionou. Ficou devendo.

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