Desliguei-me por alguns dias e durante o revigorante recesso de virada de ano e imaginava as possíveis novidades que encontraria nessa retomada do contato com os leitores aqui desta Gazeta. Sendo assim, busquei ansioso pelas informações e o que encontrei foi apenas o previsível. O Coritiba pronto para a largada, o Atlético no escuro e o Paraná Clube parado.
O Coritiba mantém o equilíbrio de sua administração no futebol. E se o mercado é cruel ao seduzir peças importantes de cada engrenagem, também oferece alternativa de suprir suas defecções, com planejamento e tempo a não permitirem possíveis desvios de cursos. Porque, cá entre nós, não é qualquer time que perde cinco ou seis titulares de uma só leva e ainda se mantém forte e coeso.
Como o São Paulo, dos bons tempos de Muricy Ramalho, que investia em uma contratação já prevendo a possibilidade de preencher uma possível lacuna com o assédio inevitável a um titular então absoluto. Deu tão certo que os títulos vieram em penca, o que só não se manteve com o passar do tempo por causa de alguns desvios de linha proporcionados por seus dirigentes.
O Coxa repôs cada jogador que perdeu. E aí não cabe discutir agora se com vantagem ou desvantagem, pois apenas o tempo se encarregará dessa comparação. Só para citar um exemplo, Jonas. No início do ano passado era uma aposta fechada, enquanto Maranhão não vinha. A lesão deste, logo ao chegar, permitiu a a estabilização técnica do lateral, que não perdeu mais a posição. Hoje tem Maranhão inteiro e Jackson de boa campanha no Boa disputando a posição. Os demais que chegam, para as outras posições, são também bem-recomendados e com boas chances de acertarem.
No Atlético, apreensão e ansiedade (da torcida, principalmente) pelo aguardo de informações. Mas como o clube voltou à fase das portas fechadas, o que se imagina é que hoje ou amanhã o novo treinador possa passar um relatório sobre o nível técnico do grupo de trabalho que encontrou à disposição, possíveis reforços e possíveis dispensas. Trabalhando contra o tempo, como tem sido nos últimos anos de administração entre os rubro-negros de qualquer ala.
Tudo vai depender do nível da autonomia passada aos responsáveis pelo futebol do clube. O presidente já manifestou várias vezes não entender do esporte e, pelo menos dessa vez, parece estar entregando o setor a profissionais de inegável qualificação. E estes, mais do que ninguém, sabem que os primeiros resultados terão de ser para ontem.
Do Paraná Clube, nada se pode dizer, pois ali a temporada ainda não começou.
Deixe sua opinião