E não é que veio um fim de semana positivo para o futebol paranaense? Fazia tempo que não tínhamos de lamentar alguma derrota. Desta vez ficou tudo de acordo com o figurino, com vitória dos mandantes e empates dos visitantes.
Claro que sempre pode ser melhor, como certamente gostariam de ver os torcedores do Londrina, que vibraram com o placar favorável em Criciúma, mas tiveram de aceitar o gol dos locais, tirando os dois pontos que manteriam o clube no G4. Só que o ponto fora entra com celebração na contabilidade, pois as duas próximas partidas serão em casa e aí a possibilidade de se firmar de vez no G4 é real – pelo poder de mandante e pelo bom futebol apresentado pela equipe na temporada.
Já o empate do Coritiba deve ter sido muito bem recebido por todos, clube e torcida. E com direito a homenagens especiais ao goleiro Wilson, mais uma vez responsável direto por um bom resultado. De tal forma o Botafogo atacou e finalizou e de tal maneira Wilson defendeu, que, a certo momento, cheguei a imaginar o quão dolorido ele poderia estar, de se atirar para todos os lados, mantendo-se intransponível mais uma vez.
O ponto conquistado na Ilha do Governador é crédito importante para o saldo, mais ainda pelo fato de o Inter ter se enroscado em casa, permanecendo atrás, antes da turma do rebaixamento. A distância de três pontos ainda é perigosa, mas agora o Coxa tem duas partidas em casa e, se passar incólume por elas (apesar de todo o risco que representa o Atlético-MG), estará livre do pesadelo antes do aperto das rodadas finais.
Dos dois vencedores, a comemoração maior, sem dúvida, foi do Paraná. O Atlético manteve a rotina de ganhar em casa e se a torcida celebrou o retorno ao G6 de habilitação à Libertadores, recebeu o triunfo contra o Cruzeiro com naturalidade, pois seu time apenas justificou a fama de melhor mandante do Brasileiro. Jogou melhor, criou chances, mas também deixou algumas para o adversário, que – para a felicidade rubro-negra – não soube ou não pôde aproveitar.
Dureza é o que vem pela frente agora, com duas partidas longe da Baixada (Vitória e Fluminense), onde o time desliga o interruptor e se apaga completamente.
Já a vitória paranista foi motivo de júbilo por duas razões. A primeira pelo fato de retomar um placar positivo em casa sem maior sufoco. Até deu um frio quando o Bragantino empatou, mas daí o ataque engrenou e fez mais três gols, dando tom de goleada. A segunda foi o êxito no confronto direto, que, somado ao empate do Joinville, em casa, permitiu abrir distância de 9 pontos para os rebaixáveis, expurgando as dúvidas do futuro. Agora virão dois jogos fora, mas aí qualquer ponto será lucro, permitindo a quebra de tensão de uns tempos para cá. Dá para pensar em 2017 e apagar o triste ano ora vivido.
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