Os mais antigos vão se lembrar. Aquela defesa do go­­leiro Muriel no arremate de Davi teve muito a ver com a que Banks se consagrou na cabeçada de Pelé, naquele Brasil x Inglaterra, na Copa de 1970. A bo­­la de cima para baixo, rente ao chão, e o goleiro esticando a mão para evitar o pior.

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Foi o grande lance do empate em 1 a 1 de ontem, entre Coritiba e Internacional, no Alto da Glória. E já apontando o grande responsável pelo marcador: Muriel, até dia desses reserva de Renan no arco colorado.

O Alviverde jogou bem, ainda que não repita mais aquelas atuações de bolas fáceis, rápidas, de pé em pé. E não se pode creditar essa mudança de estilo às ausências de Marcos Aurélio ou Anderson Aquino, pois todos os demais jogadores que encantaram o país no primeiro trimestre de futebol estavam em campo, atacando e fustigando os gaúchos.

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As jogadas foram armadas, construídas e bem finalizadas. Mas havia do outro lado um goleiro presente, atuante, esperto, pronto a liquidar com as chances de arremate dos donos da casa. Até mesmo na cobrança do pênalti, defendendo a bola de Davi, ainda que não impedisse o sucesso do rebote.

Claro que não foi o melhor re­­sultado para o Coritiba. Tanto que os colorados celebraram o ponto ganho fora de casa, que veio no gol de arremate perfeito da intermediária (daqueles raros, de pegar na veia), um dos poucos na direção do goleiro coxa.

Se não fosse por Muriel, o Coritiba teria vencido o jogo, pela maneira como conduziu a partida, mantendo o domínio de bola e encurralando o adversário em seu próprio setor. Mas o goleiro está lá para isso mesmo e o Coxa tem, sim, de lamentar os dois pontos que deixou de somar em casa – estariam na conta do crédito e não entraram na conta.

Difícil de ver

Do Atlético nem deu gosto assistir. Um gol logo de chofre, outro em seguida e a partida contra o Fi­­gueirense já decidida no primeiro tempo. O que intriga é esse baixo rendimento com um time com jogadores que não seria para tanto. Se o nível técnico do grupo não é para ser campeão brasileiro, tampouco para disputar posições na turma de cima, não é tão fraco assim para estar lá no pé da classificação, acumulando fracassos.

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Tudo de bom

E quem passa acima de tudo isso é o torcedor do Paraná. Até imaginou ser possível a vitória sobre o Náutico, no sábado, saindo na fren­­te com aquele golaço de Ser­­ginho. Mas não pode se queixar do empate, agregando ao ativo das contas quatro pontos em duas partidas fora de casa.

Quem diria? Nem o mais otimista dentre os paranistas poderia imaginar tal desempenho neste início de competição. Volta a Curi­­tiba no G-4 e em condições de disputar a liderança da Série B, sexta-feira que vem, contra o Icasa.

Melhor, impossível.

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