Tudo indicava que o fim do sofrimento estava próximo. E domingo, finalmente, após quase meio campeonato, o Coritiba saiu a zona de rebaixamento. Um prêmio a uma campanha de recuperação que já vinha sendo consolidada nas rodadas mais recentes, com vitórias consecutivas e um aproveitamento digno de quem merece permanecer na Série A.
O jogo não foi bom, com campo encharcado. E aí pesou a diferença do artilheiro que o Coxa redescobriu. Depois de lançado pelo Atlético, Henrique Almeida destacou-se na seleção de base, correu o país sem ter conseguido efetivamente se firmar e veio como redenção para o ataque alviverde, que costurava, costurava e não finalizava.
Nesse confronto de Florianópolis, Henrique garantiu o resultado. Com garra, já que o gramado não permitia técnica. Trombando com os zagueiros, dividindo espaços e concluindo sem chance para o goleiro. Por duas vezes, dois gols semelhantes, a isolar o artilheiro do time na competição e a garantir o resultado na ilha.
Agora já dá para respirar sem aparelhos, mas todo cuidado é pouco. As próximas partidas serão em casa (Fluminense e Internacional) e o embalo de sair do atoleiro pode ajudar a equipe a se consolidar fora da ameaça de queda. Mas vai, é claro, precisar jogar muito, manter o foco nessa recuperação proposta pelo treinador e não abrir guarda para possíveis estocadas dos adversários.
Mas isso é assunto para daqui uns dias. Por enquanto, o que importa é poder dormir sossegado.
O inesperado
Na teoria, já eram pontos certos. Afinal, nos últimos três confrontos com o Joinville tinham sido três vitórias. Mas sábado foi diferente, o Atlético foi incompetente na finalização (melhor dizendo, não houve finalização) e teve de amargar um empate em casa que não estava nos planos. E assim, da mesma forma como entrou no G4 quase de surpresa, também de surpresa saiu do G4.
O técnico Milton Mendes (agora especialista em embaixadinhas) tentou explicar o resultado, comparando a situação de hoje do clube com aquela que encontrou quando assumiu, na zona de rebaixamento Paranaense. Nada a ver, a não ser a mesma reação da torcida após a partida, naquela saudação organizada pelo treinador. Lá em Prudentópolis, quando os jogadores foram cumprimentar a torcida após garantirem a permanência na primeira divisão estadual, ouviram um sonoro “ão, ão, ão, não fez mais que a obrigação”. E sábado a resposta da saudação foi uma sonora vaia. Reação de quem foi a campo para prestigiar, acompanhar, vibrar e não conseguiu perceber o mesmo espírito lá no gramado.
Mendes alegou que o Joinville renunciou a jogar. Pudera, perdeu um jogador na metade do primeiro tempo e tratou, sim, de tentar se garantir com o que podia. E o Atlético ficou devendo, ainda na roda da inconstância que tem sido a marca da equipe nesse Brasileiro.
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