Linda a festa no Estádio do Café, quase 30 mil pessoas empurrando o Londrina para a Segunda Divisão. Como é bom ver um jogo pra cima, alto astral, longe do marasmo que estamos nos acostumando a assistir de nossos clubes nas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro.
O Londrina passou pelo Confiança, sofreu um bocado, com um jogador a menos a partir da metade do segundo tempo, mas chegou lá. A curva ascendente do clube depois da gestão Malucelli é impressionante. Da Segunda Divisão estadual ao título paranaense. Da Quarta Divisão nacional à Segunda já garantida.
Agora vai disputar o título da Série C, com todos os quesitos para ser campeão. E nós, paranaense, finalmente podemos nos orgulhar de um feito no futebol nessa temporada.
Parabéns ao Tubarão, conquista sofrida e merecida!
Ah, sim: o Operário, na D, infelizmente não conseguiu.
De mal a pior
Difícil seria imaginar o Atlético fazendo frente ao Corinthians. A diferença técnica é incomensurável. O Corinthians tem três jogadores da seleção brasileira e só não tem o quarto (Jadson) pelo fato de a CBF não querer desfalcar demais a equipe paulista.
E o Atlético... bem, o Atlético é isso o que temos visto nas últimas rodadas. Iludiu-se no primeiro turno, quando teve alguns espasmos de bom futebol e conseguiu se manter na linha de cima por boas rodadas. De uns tempos para cá voltou ao normal, ao time que sofreu para se livrar do rebaixamento no Estadual e que, a continuar assim, pode começar a fazer contas com os olhos voltados para a turma lá de baixo na classificação. Aliás, só está acima dos clubes que lutam para não serem absorvidos pelo lamaçal da queda à Segunda Divisão – tirando a Chapecoense, que surpreendeu o Grêmio e encostou.
E ontem o placar de goleada nem deu chance para o presidente tentar desviar para a arbitragem a culpa pela derrota.
Em Campinas, aquele gol de mão pode ter mexido no jogo. Foi totalmente irregular – e aí não importa se o goleiro saiu mal para a bola ou não – e mexeu no comportamento dos jogadores do Coritiba, que vinham até conseguindo segurar o placar igual, que vinha sendo um ótimo negócio, suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento. Sem nenhuma inspiração de ataque, mas pelo menos se mantendo ali atrás.
E aí, abalado pelo erro de arbitragem, fragilizado pela má campanha em jogos recentes (11 gols sofridos em quatro jogos), foi impotente para tentar igualar as ações, capitulando nos instantes finais, quando abriu de vez a guarda e ainda levou mais dois gols.
Como os concorrentes diretos – exceto a Chapecoense - também foram incompetentes na rodada, a situação do Coxa ainda é reversível. Serão agora duas partidas em casa (o que o retrospecto também não assegura nada) e a torcida alimenta a esperança de ver a equipe pelo menos se doar um pouco mais, pois a apatia exibida em apresentações recentes é preocupante.