Num fim de tarde maravilhoso, fiz finalmente o meu début no turfe. Meu dia nas corridas foi de surpresas e diversão. Figuras estranhas, como se tivessem saído de uma Curitiba imaginária, se misturavam com crianças, pôneis , poules, ternos e cerveja. No bar, em meio a fissurados jogadores profissionais, encontrei ao acaso o poeta Flávio Jacobsen com um camarada e fomos jogar. Nós, bestas, puros e inocentes das sutilezas do jogo, fizemos nossas primeiras apostas sem ver os cavalos e somente pela observação atenta do nome dos cavalos. Flavio Jacobsen jogou num cavalo com nome vistoso e eu na barbada do Almeidão 70. Ao sair do estádio havia uma apresentação formal dos cavalos, e foi assim que descobrimos que um dos cavalos que havíamos apostado mancava quando andava. Rimos com a possibilidade que o manquitolar do corcel podia ser um diferencial a favor.

CARREGANDO :)

Eu também apostei num daquele pôneis malhados que os índios americanos usavam no cinema, e cavalo malhado de índio em cinema americano que se preze era sempre alcançado ou nunca alcançava as suas vítimas. Na soma, mais duas derrotas.

Em mais um quase vacilo, por pouco não perdemos a prova dos 700 m por estar na grama vendo o futebol da molecada.

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No intervalo entre uma prova e outra, os points se dividiam entre a fila da cerveja e a fila das apostas. Relatos tragicômicos da vida de cada um, havia a estória do pai que perdeu tudo no jogo, se separou da mulher, largou tudo e se casou com uma mocinha caixa de apostas do jóquei e agora vivia feliz com outros dois filhos, ou a de um figura que atendia pela alcunha de Grilo e por causa de um treinador que lhe assoprou na fila de apostas o nome de Scotch. Tentado pelo palpite, jogou 10 pratas no uisque paraguaio e perdeu.

Eu, agora me achando um macaco velho, ganhei o nono páreo na cabeça com Bob Teen, e na euforia da vitória liguei para minha mulher anunciando a bolada. O prêmio para o real jogado me devolveu 8,70 dos 10 crucru que eu havia gasto até então.

Provavelmente os habituês acharam aquela invasão um saco. Um senhor, daqueles bem tiozinho curitibano, com as maiores costeletas que já tinha visto, passou por mim com cara de entediado. Fui seco no palpite da mãe do Almeidossauro "Sib Danzig no páreo principal." Deu Fogonaropa.

Inter na roubada

Sensacional a apresentação de estréia do Barcelona no Mundial de Clubes, com Deco e Ronaldinho endiabrados. Há tempos não via o time jogar tão bem. O time catalão mostrou técnica, com uma troca de passes curtos, precisos e sem afobação massacrou o bom time do América mexicano.

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Pausa. (Pera aí, os time do México disputam a Libertadores e depois jogam no intertimes da Concacaf?) Fim da Pausa. Diante da estréia pífia do brazuca Internacional, se eu tivesse um bookmaker ia seco no Barça.