Estava de bobeira no domingo de manhã, curtindo um desses canais infantis da tevê a cabo com minha filhinha Carmela e num desses zaps no controle remoto me deparei com uma das mais sensacionais corridas de moto que eu já assisti. Teve de tudo, muitas trocas de posições numa babel de pilotos e marcas, o espanhol Dani Pedrosa, o italiano Loris Capirossi (Honda), o australiano Casey Stoner (Honda), o supra campeão Valentino Rossi (Yamaha) e de volta à Moto GP, o brasileiro Alex Barros (Ducati).
Foi um Deus nos acuda, um verdadeiro globo da morte. Pilotos andaram praticamente juntos durante 20 voltas e as diferenças de marcas de pneus e máquinas trouxeram competitividade e emoção ao GP da Itália, no autódromo de Mugello, com o seu traçado que é especialmente delicioso para corridas de motocicletas.
O Brasileiro foi muito bem, e contou com o potente motor da sua Ducati que lhe proporcionava a maior velocidade entre todos os pilotos no final da reta e em compensação lhe cobrava com menor velocidade na parte travada do circuito. Com o terceiro lugar, Barros alcançou a nona posição no campeonato, com 43 pontos.
Para variar , o italiano Valentino Rossi, que fez uma corrida de recuperação, venceu e conquistou a segunda vitória na temporada 2007. Essa foi o sexto triunfo consecutivo de Rossi em Mugello. Rossi reduziu a vantagem no Mundial do australiano Casey Stoner, que terminou em quarto lugar após perder uma disputa com o brasileiro Alex Barros a três voltas do fim. Agora, o italiano (que é uma espécie de Schumacher versão duas rodas) tem 106 pontos contra 115 do líder Stoner.
E a diversão continua. Domingão tem Moto GP com o Grande Prêmio da Catalunha, em Barcelona. Estarei atento.
Procissão em Mônaco
Diferentemente da corrida em duas rodas, na F1, a categoria máxima do automobilismo mundial, a má impressão deixada pelo GP de Mônaco, onde todo o circo armado no milionário principado não passou de um desfile alegórico, sem nenhuma ultrapassagem, nem nada, uma chatice sem fim. Até a procissão do Círio de Nazaré em Belém do Pará tem mais competitividade e graça.
A Ferrari aposta forte que no GP do Canadá leve alguma vantagem frente às Mc Larens, mas não foi o que pareceu após os treinos livres de ontem, onde Alonso pintou e bordou. Domingão estarei de olho no lance.
Fila Indiana
Já nas 500 milhas de Indianápolis, tudo se inverteu em nome da competitividade. Nos states a chatice é o excessivo número de trocas de posições, geralmente falseadas pelas bandeiras amarelas, que são muitas e entediantes. Nem os computadores, nem os locutores se entendem no meio de tal bagunça. Alguns amigos defenderam que os americanos deram uma patriotada, ao não encerrarem a corrida na primeira chuva, sob a liderança do Brasileiro Tony Kanaan. Saco. Domingão também tem mais, mas vou ver se perco.
Deixe sua opinião