Depois de quase 32 anos, os recordes brasileiro e sul-americano do salto triplo passam a ter um novo dono, o paranaense Jadel Gregório alcançou 17,90 m no GP Brasil de atletismo, superando em um centímetro a marca registrada por João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.
O Brasil já havia feito escola no salto triplo com Adhemar Ferreira da Silva e Nélson Prudêncio, mas foi João do Pulo o atleta que surpreendeu o mundo em 1975, ao superar em 45 cm o recorde mundial do salto triplo, um feito tão retumbante que o aparelho eletrônico presente no estádio mexicano não conseguir medir o pulo seu alcance ia até 17,50 m, e o brasileiro atingiu 17,89m.
João do Pulo colecionou um bronze nos Jogos Olímpicos de Montreal-76 e dois ouros no Pan de San Juan-79 até chegar no que seria a mais controversa das competições em que ele participou: a Olimpíada de Moscou, em 1980. Favorito à medalha de ouro, João do Pulo teve 9 dos seus 12 saltos com largada queimada durante a competição. Um desses saltos foi acima dos 18 metros, o que lhe daria um recorde ainda maior. Ficou em terceiro, atrás dos soviéticos Jack Udmae e Vickor Saneyev este último admitiu que os juízes forjaram a anulação dos pulos de João.
No dia 22 de dezembro de 1981, João do Pulo voltava pela via Anhanguera de uma cerimônia de formatura na qual ele havia sido homenageado, quando o seu automóvel foi atingido em cheio por uma carro que vinha na contramão com um bêbado ao volante. João sofreu, dentre outras coisas, fratura exposta da tíbia e do fíbola da perna direita, além de escoriações na mesma perna. O atleta teve que fazer 22 cirurgias, e colocar uma prótese, o que o obrigou a encerrar sua carreira esportiva precocemente, aos 27 anos.
João do Pulo, que tinha a patente de sargento, cansou de ser homenageado pelo governo militar. Ele próprio foi um herói do tempo de ditadura. Teve encontros com os presidente Ernesto Geisel e João Figueiredo. Também foi muito próximo do então governador paulista, Paulo Maluf, que o recebeu várias vezes seja após os feitos e do acidente automobilístico. Dessa proximidade com o poder surgiu o convite para ingressar na política. João do Pulo exerceu dois mandatos consecutivos como deputado estadual e defendia a bandeira de combater o vício pelo esporte contrastava com seu estilo de vida, em um total contrasenso. Mas o triplista tropeçou em seu terceiro salto como deputado estadual em São Paulo. Deprimido e desiludido com a perda do terceiro mandato para deputado estadual, ele se entregou à solidão e à bebida, saindo de sua casa só para tomar cerveja no boteco das redondezas. Uma cirrose hepática deu fim a sua vida em 1999. Mesmo com um final de vida melancólico, sua dimensão também é relevada pelos números. Seu recorde mundial no Pan demorou dez anos para ser quebrado. Além disso, 32 anos depois da façanha, João ainda figura em 7.º na lista dos dez maiores saltos da história.
O recordista mundial da categoria é Jonathan Edwards. A marca do inglês está longe de ser batida: 18,29 m. Em tempo, Jadel ainda é dono da melhor marca do ano.
Centenas
Enquanto o Paraná Clube permanece 100% no Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro prepara a finalização 100% da sua arena para a Copa. Atenta como nunca, a diretoria coxa-branca não deixa barato e anuncia 100 anos de solidão para sua torcida no agora lacrado estádio do Pinheirão.
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