O mundo hispânico

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O Mundo da bola falou espanhol nessa semana que passou. Os exemplos são o belo e bom futebol da Fúria e o sensacional massacre argentino sobre a Sérvia e Montenegro. País tão acostumado a massacrar, literalmente, outros povos na arena geopolítica, foi fuzilado pela artilharia platina na arena pacífica do desporto. Vou ser enfático, foi a melhor apresentação da seleção argentina (que eu já vi) em todas as Copas. "Todos de pé, os argentinos estão passando". É o que está escrito no ônibus da delegação comandada por José Pekerman... e eles se divertem.

Encarando o pragmático e feio futebol teutônico, hoje, pela liderança do grupo A, há ainda o surpreendente Equador de Tenório e cia. E por falar em CIA, o violento ferrolho italiano de sempre quase foi derrotado pelos EUA, em um dos jogos mais interessantes desta Copa até agora. Do velho time da França eu não espero mais nada.

Quem vai entregar a rapadura?

Dependendo do resultado do grupo A – e se os germânicos ficarem em segundo no seu grupo –, Argentina e Holanda farão uma partida emocionante às avessas para saber quem vai escapar de jogar com a anfitriã Alemanha. Aposto até em alguns gols contra.

Penalidade máxima!!!

Apesar dos pênaltis marcados a favor de Portugal e de Gana (que foi garfada pela péssima atuação do brasileiro Simon, que não marcou duas penalidades claras contra a "Azzurra"), há uma enorme quantidade de pênaltis que não estão sendo marcadas no corrente certame mundial. Alguns deles poderiam ter mudado a sorte de selecionados, como o Japão, que teve uma penalidade não marcada e já reconhecida pela Fifa como um erro da arbitragem. Togo (dois pênaltis não marcados contra a Suiça), Gana, Costa do Marfim e Japão penhoradamente agradecem ao mea culpa da entidade, mas era preferível árbitros que tivessem "nascido com aquilo roxo" (sic).

Grandes perdas...

Poucas vezes durante uma Copa do Mundo a morte de uma pessoa pública causou em mim tamanha emoção. Cláudio Besserman, o Bussunda, morto de parada cardíaca na cobertura deste mundial me deixou com a impressão que eu perdia um antigo conhecido. Antes, só João Saldanha, morto na Copa da Itália, em 1990. Figuras que deixam saudades.

Brasil il il il

Duas partidas pouco inspiradoras do Brasil, a recente discussão envolvendo o peso extra de Ronaldo Fofômeno devia ser, por hora, posta de lado e trocada por uma outra muito mais interessante e acalorada. Depois de duas partidas sofríveis, onde, cheio de firulas, até tropeçou na bola, porque ninguém fala em tirar Ronaldinho Gaúcho do time? Juninho Pernabucano já!!! Do Parreira a gente já conhece a teimosia. Nada vai mudar para as oitavas.