Desastrosa a decisão do Comitê Olímpico Brasileiro de censurar os atletas que participarão do Pan do Rio. Muitos medalhistas criticaram duramente o COB. Numa espécie de manual de comportamento, está prevista a exclusão de atletas que criticarem em público "atos de autoridades esportivas brasileiras, dos chefes e técnicos e às instruções deles emanadas".

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Caras como Oscar Schmidt, Sócrates e o vereador e ex-judoca Aurélio Miguel vieram a público contra esse absurdo e a favor da liberdade total de expressão. O COB em sua defesa sustenta que se trata de documento de caráter construtivo, e não punitivo. A pergunta que não quer calar: e se crítica for a favor, pode?

O dia em que o Ronaldo enfrentou o Pokémon

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Essa já é lenda. Uma das minhas. Estava Ronaldo Nazário, jogador brasileiro, num daqueles dias modorrentos, trancado na concentração, sentado, com um laptop na mão, jogando videogame. Assim era a vida na França, de dia era treino e almoço e da tardinha em diante, com o computador na mão, Ronaldo jogava videogame. Invariavelmente depois do jogo, era banho e game no ônibus que demorava pra chegar no hotel da Seleção. E nas madrugadas livres, game, game e mais game.

Sem ter o que fazer naqueles dias que antecediam a grande final da copa a internação já era total. Dezoito horas de game por dia. "Loucura total Rrronaldo !!! Mais um recorde Ronaldo!!!", gritava o locutor imaginário. O primeiro sinal foi um branco depois do jantar. Ronaldo, viciado, nem ligou e continuou o jogo. Depois veio outro e outro. Em cada branco do Ronaldo o Brasil perdia a Copa de 1998 para a França. Ninguém na velha equipe médica da Seleção Brasileira nunca atentou para o detalhe. Ronaldo naquele dia enfrentou uma disfunção nas suas sinapses, hoje conhecida como Sindrome de pokémon.

Nome dado aos espasmos e convulsões, causados por flashs de luz branca emitidos durante um programa de tv, em milhares de crianças japonesas, nos anos oitenta, que assistiam inocentemente à série Pokémon. Fim do mistério.

Ângela Park e as Seoul Sisters

A golfista Ângela Park, que é paranaense da babélica Foz do Iguaçu chegou até a liderar a competição por duas rodadas mas ficou a duas tacadas do título do US Open de golfe feminino, o maior torneio do circuito feminino do golfe que distribui prêmios que somam a bagatela de três milhões de dólares.

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Nunca um golfista brasileiro chegou tão longe no cenário internacional do golfe, esporte muito pouco praticado no Brasil. Se souberem trabalhar a imagem da menina, ela pode vir a se tornar uma espécie de "Guga de saias" do fino esporte dos tacos, da grama macia, dos carrinhos elétricos e dos sapatos estranhos que povoam a nossa imaginação tupiniquim. Só tem um problema. Será que a Ângela fala português?

De ascendência coreana, tem apenas 18 anos e é comumente confundida com uma das "seoul sisters", a gigantesca esquadra coreana que domina o golfe profissional feminino, e que tem em seus tentáculos expoentes famosas como In-Bee Park e Shi Hyun Ahn (ambas batidas por Ângela no US Open).

A pirralha já arrecadou para sua conta bancária, aproximadamente meio milhão das verdotas gringas, só no ano de 2007 e lidera com ampla vantagem a luta pelo título de estreante do ano da LPGA.