São muitas as variantes do futebol. Além do futebol de campo, há o society ou suíço jogado por oito e o popular de salão, que sofrendo uma anomalia e jogado em gaiolas com cara de ringue é denominado showbol (que existe ainda, e dia desses vi um jogo Brasil x Argentina e o Maradona estava jogando). Tem ainda sua a versão mais lúdica e anárquica que é a pelada, jogada geralmente entre os com e os sem camisa e com gols feito de latas ou chinelos.
Outro segmento é o futebol para pequenos ambientes. Para bares e salas temos o famoso pebolim, conhecido também por totó, onde a única regra é que não vale girar o manete (e que revela a pouca habilidade do jogador rodão). Outras vertentes são os jogos de tela (Fifa2006, Soccer, winning eleven, etc.), cuja regra é ditada pelos fabricantes e a molecada se diverte muito.
Existe outro tipo de futebol, que eu considerava sumido, e até desaparecido. O futebol de mesa. Conheci há um par de semanas atrás o Moacyr Chaves, grande figura carioca, que está em Curitiba dirigindo "Memórias Póstumas de Brás Cubas", texto de Machado de Assis, pra o Teatro Guaíra. Redescobri que o esporte, brasileiríssimo, que eu jogava na minha infância, com meus panelões, galalites e vidrilhas e tinha o apelido de futebol de botão é hoje um esporte organizado, que conta há muito com um Campeonato Nacional, com uma federação, quadro de árbitros e tudo mais. O Moacyr, que dentre outras, é um os fundadores do departamento de futebol de mesa do Flamengo (RJ), me explicou que há varias categorias regidas por regras diferentes. Podendo ser jogado com um, três ou doze toques, todas com a variante do uso da bolinha ou do dadinho. Jogador contumaz, Moacyr já encontrou oponentes ferozes em Curitiba, que toda noite batem ponto na Sociedade Dom Pedro, no Bairro Água Verde. O futebol de mesa resiste bravamente ao tempo e às novas tecnologias. Longa vida a todo tipo de futebol.
Basquetebol de Mesa
Há anos atrás, um curitibano, o músico Leozi Zilli, inventou e patenteou o basquetebol de mesa, ao qual joguei com amigos que testavam a bagaça. Era bem divertido. Mas esse provavelmente não resistiu aos rigores do mercado, já que Curitiba nem tem um time de basquete que preste.
Jônatas na Espanha
Ex-selecionado do Dunga, Jônatas desembarcou na Espanha e já foi dizendo pros jornalistas que era fã do Ronaldinho, que gostava muito do futebol jogado pelo Barcelona e que estava torcendo para o clube catalão levar o título da Supercopa da Espanha. Mal sabia ele que o adversário do Barça era o Espanyol, time que o havia recém-contratado. Vexado, alegou problemas com a tradução. Tradutores, esses traidores....