Na coluna de sábado, escrevi que a grande interrogação da temporada 2012 era a Mercedes GP, e a prova de ontem na China tratou de responder em parte a questão.
Nico Rosberg conquistou a pole e, com a punição a Lewis Hamilton, Michael Schumacher formou uma inédita dobradinha da equipe. Mesmo assim, o paddock da F1 duvidava que o time comandado por Ross Brawn pudesse vencer a corrida no domingo.
Será que a equipe alemã seria capaz de andar bem em todas as voltas de um Grande Prêmio, e não apenas em ritmo de classificação?
A primeira vitória de Rosberg na categoria não foi circunstancial, é bom que se diga. A Ferrari venceu uma prova na Malásia por causa de uma prova atípica e graças ao talento magistral de Fernando Alonso.
Ontem, Rosberg foi soberano na corrida, e Schumacher certamente também estaria no pódio ou até mesmo brigando pela vitória não fosse o problema em seu pit stop.
Com isso, as três corridas da temporada tiveram três vencedores diferentes: Jenson Button e a McLaren na abertura da temporada, na Austrália; Alonso e a Ferrari na Malásia; e Rosberg ontem na China com a Mercedes GP. Repare que são também três equipes diferentes e, principal detalhe, a Red Bull não é uma delas.
Mas que ninguém se engane: ainda é cedo para "aposentar" a era Sebastian Vettel. O jovem alemão terá um desafio inédito em sua meteórica e vencedora carreira. Atualmente, sua equipe não é mais a dominante e, a partir de agora, de caça, ele será caçador. Uma situação que ele até viveu em 2010, mas de maneira muito mais leve para o então aspirante ao seu primeiro título (sem nada a perder).
Agora, ele terá de provar que consegue reverter este início apenas razoável de temporada. Menos mal que, com os pontos sendo distribuídos entre seus rivais. Hamilton tem 45, apenas 2 a frente de Button, 8 de Alonso, 9 de Webber e 17 de Vettel. Uma diferença que é possível de tirar em apenas uma corrida (o primeiro leva 25).
Mas, voltando à análise da Mercedes GP. Será que a equipe consegue embolar ainda mais este grupo ou se favoreceu das condições de pista na China (onde as inovações aerodinâmicas de Ross Brawn e a força do motor Mercedes fizeram a diferença)? Bom, esta resposta ficará mais clara já no próximo GP, domingo, no Bahrein.
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