Que momento vive a Alemanha! Além do tetra no futebol, o GP disputado ontem no país teve vitória de um piloto alemão, Nico Rosberg, e de um carro alemão, Mercedes (algo que não ocorria desde 1939, ou seja, pré-F-1).
Quando cobri minha primeira corrida na Alemanha, em 2006, em Nurburgring, o país também vivia momento de euforia, com os anos de domínio de Michael Schumacher. É interessante pensar que esta paixão pelo automobilismo, que também vejo na Itália ou Inglaterra, independentemente do piloto do país, podendo até mesmo ser por uma marca nacional, como nas vitórias da Audi quando cubro as 24 Horas de Le Mans, onde os ingleses também vibram pela Aston Martin e os italianos, claro, pela Ferrari.
Por isso, é até estranho pensar que o primeiro título de um piloto alemão na F-1 veio justamente com Schumacher, em 1994. Uma história relativamente recente se comparada a tanta tradição do país no esporte a motor. E agora emendam um sucesso atrás do outro: com a aposentadoria do recordista de títulos, veio o tetra de Sebastian Vettel. E, quando a Red Bull não tem mais chance de título, eis que Mercedes e Rosberg mantêm o hino alemão como sinônimo de pódio na F-1.
A vitória em casa foi fundamental para manter o seu momento de favorito ao título como o próprio Bernie Ecclestone faz questão de dizer. Seu rival, Lewis Hamilton, fez uma grande prova ao minimizar o prejuízo da quebra na classificação e, numa corrida de ritmo alucinante, conseguiu o pódio.
Só não foi segundo porque outro destaque do dia, Bottas, novamente fez uma prova brilhante. O terceiro pódio seguido do piloto da Williams mostra que a primeira vitória dele na F-1 já será merecida se vier neste ano.
Tanto sucesso do finlandês ajuda a evidenciar a fase ruim de Massa. Concordo com a análise da FIA de que o acidente na largada não tenha sido culpa nem dele nem de Magnussen (ambos tinham a visão encoberta pelo carro de Bottas). Mas é evidente que abandonar a corrida na primeira curva, largando em terceiro, e ver seu companheiro de equipe emendar um terceiro pódio seguido faz com que a temporada 2014 seja lembrada até aqui pelas frustrações.
A vantagem para Massa é que ainda faltam dez etapas, e a próxima já é neste domingo, na Hungria. Que Budapeste marque seu renascimento, justamente onde ele, em 2009, escapou da morte de forma miraculosa.
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