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Depois dos boatos de que seria substituído ainda nesta temporada por Sergio Perez e ficar uma grande sequência de provas sem pontuar, Felipe Massa deu mais uma importante demonstração de reação ontem, na Inglaterra.

Esteve perto de conquistar um pódio e andou no ritmo de Alonso boa parte da prova. Foi em Mônaco onde o piloto da Ferrari deu os primeiros sinais de um recomeço, que, por sinal, vem em um momento crucial.

A F1 vive em julho o que a imprensa inglesa costuma chamar de "silly season", ou seja, a temporada de boatos sobre transferências de pilotos, que se intensifica nesta época do campeonato para fechar em agosto ou setembro os contratos do ano seguinte.

Pelo seu desempenho na Inglaterra, Massa mostrou para a Ferrari que não há a necessidade de substituição no time. Até porque, como sabemos, Alonso não aprovaria um outro piloto como Sebastian Vettel ou Lewis Hamiton ao seu lado. O que aconteceu na McLaren em 2007 o espanhol levará para toda carreira, pode ter certeza.

O problema é que Massa não vinha mostrando ritmo para andar entre os primeiros – e isso sim é grande problema para a Ferrari. Mas, se voltar a andar na frente, como foi em Silverstone, e, mais do que nunca, roubar importantes pontos dos rivais da Red Bull e da McLaren, ajudará Alonso neste campeonato tão equilibrado.

Deste jeito, Felipe pode estar no caminho certo para a renovação de seu contrato. Nem que seja por apenas mais um ano, como parte da imprensa europeia anda cogitando.

Bruno Senna, que também passa por momento semelhante, foi outro piloto que fez boa prova na Inglaterra. Mas, no caso do sobrinho de Ayrton Senna, a concorrência por sua vaga na Williams é ainda mais forte. Ora, mas a Ferrari não deveria ser um time mais cobiçado?

Claro que sim, mas o ponto é que, para os italianos, é necessário um perfil específico de piloto – ou seja, um piloto que já tenha boa experiência, de preferência com vitórias no currículo, e que consiga trabalhar em equipe com Alonso. Além de Massa, talvez Mark Webber se encaixe atualmente neste perfil.

Para a Williams, o piloto precisa ser bom e trazer patrocínio – e a experiência não é assim tão fundamental, como ficou claro com a não-renovação a Rubens Barrichello. Por isso, Bruno Senna sabe que tem que mostrar serviço urgente, porque, além da concorrência do próprio piloto de testes (Valtteri Bottas, que vem mostrando bons tempos na sexta-feira), é importante ele deixar seu cartão de visita evidenciado para outros times médios que possam se interessar para 2013.

O final de semana também teve saldo positivo para dois brasileiros na GP2: Luiz Razia venceu e é o líder do campeonato e Felipe Nasr continua mostrando velocidade em seu primeiro ano ao subir no pódio em Silverstone. Do destino destes quatro pilotos depende a manutenção da tradição de 40 anos de haver ao menos um brasileiro no grid da F1.

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