Quarta vitória de um piloto que já é campeão mundial e de uma equipe que já venceu corrida neste ano pode ser considerada surpresa? Bem, falando deste jeito, certamente não, mas o próprio Lewis Hamilton fez questão de criar este clima de surpresa com sua vitória ontem no GP da Hungria da F1. É bom lembrar que o inglês anda muito bem nesta pista. Mas e a tradicional fraqueza da Mercedes em ritmo de prova? E o forte calor de 35°C durante a corrida, que aumenta o consumo de pneus?

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Hamilton passou por cima destas dúvidas e certamente a equipe conseguiu boa adaptação com os novos compostos que a Pirelli trouxe para a F1 a partir da Hungria. Obviamente há que se considerar que Hungaroring é um circuito bem atípico, lento como um circuito de rua, mas disputado em um asfalto de autódromo. Além disso, Vettel perdeu muito tempo atrás de Button, o que ajudou Hamilton a pavimentar sua vitória. A questão que fica é: será que Hamilton e a Mercedes conseguirão fôlego para lutar pelo título? Você pode encarar esta pergunta como a famosa análise: o otimista vê o copo meio cheio e o pessimista, meio vazio.

Os argumentos para quem não vê um Mundial emocionante a partir de Spa: com o terceiro lugar de ontem, o alemão saiu no lucro em relação a Alonso. Além de um apagado quinto lugar, o problema para o espanhol é ver que a Ferrari não consegue acompanhar o ritmo de Mercedes, Red Bull e também Lotus Renault. Mas os otimistas podem lembrar que, há exatamente um ano, Vettel terminava a primeira metade como o 3.º colocado, 42 pontos atrás do então líder Alonso. E a Red Bull dominaria a segunda metade, ajudando-o a se consagrar campeão. Seria esta uma situação parecida com a de Hamilton, agora a 48 pontos do líder, Vettel?

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O pessimista argumenta: ao contrário de Alonso, então primeiro colocado no passado, Vettel tem em mãos um carro bem mais competitivo do que a Ferrari de 2012. O otimista rebate: mas faltam nove etapas: 225 pontos em jogo. Como você vê a disputa na metade final? Cheia ou vazia de emoções?