Quem diria que, depois de um campeonato de recorde histórico de equilíbrio, com sete vencedores diferentes nos sete primeiros GPs, a F1 teria no ano seguinte uma história parecida?
Em 2013, Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel e Fernando Alonso foram os três primeiros vencedores, com três equipes diferentes (Lotus, Red Bull e Ferrari, respectivamente). Não se trata de uma mera coincidência. É uma demonstração do alto nível técnico das melhores equipes de F1 e de como a interpretação dos pneus Pirelli faz a diferença.
Mas seria 2013 uma repetição da temporada passada? A maneira como Alonso venceu em Xangai indica que não. Ao contrário de 2012, quando sua vitória veio de forma brilhante, na chuva, desta vez o espanhol foi o 1.º colocado de forma soberana, impondo sua superioridade com um carro bem melhor do que o do ano passado. Embora a liderança na tabela ainda seja de Vettel, Alonso entendeu bem o significado desta sua 31.ª vitória que o coloca apenas atrás dos grandes nomes da F1 neste ranking (Michael Schumacher, Ayrton Senna e Alain Prost, empatando com Nigel Mansell).
Com um carro inferior ao da Red Bull nas primeiras corridas do ano, o espanhol conseguiu manter a disputa pelo título acesa justamente pelo equilíbrio entre os pilotos e equipes, com sete vencedores diferentes, de seis equipes. Em 2013, porém, os pontos serão mais concentrados, já que Williams e McLaren, por exemplo, estão longe de brigar pela vitória como fizeram no ano passado.
Sabendo desta maior concentração, Alonso mais do que nunca mostrará sua habilidade em marcar os rivais mais próximos, caso de Vettel, Hamilton (este, por sua vez, ainda no desenvolvimento da Mercedes) e Raikkonen (que, mesmo com sua consistência no pódio, ainda é azarão em termos de título).Se somarmos estes quatro campeões outro detentor de título, Jenson Button, teremos o top 5 da corrida de ontem da China. Quem disse que na F1 o talento não faz a diferença?