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Além de um resultado previsível (a McLaren já era apontada como favorita antes mesmo do início dos treinos de sexta-feira), a corrida de ontem na Hungria foi muito monótona, algo que também já era esperado pelas características do travado circuito, onde nem o KERS e a asa móvel costumam proporcionar mais ultrapassagens.

Mas a corrida em Budapeste teve importantes legados para o Mundial. O mais relevante foi ver Lewis Hamilton voltando a vencer e, com isso, recuperar importante terreno na tabela. O problema para o piloto da McLaren é que Fernando Alonso, como já dissemos aqui, faz uma leitura perfeita do campeonato 2012 e segue "colecionando" pontos fundamentais quando não pode lutar pela vitória.

O quinto lugar ontem foi o suficiente para o espanhol da Ferrari aumentar sua vantagem para Mark Webber em 40 pontos – mas considero que a disputa mais intensa com a Red Bull será com Sebastian Vettel, o terceiro na tabela, 42 pontos atrás. Hamilton está em quarto, com 47 de desvantagem. Se considerarmos que a pontuação máxima é de 25 pontos por corrida, Alonso tem uma boa margem para estes três rivais mais próximos. Só que o campeonato ainda terá nove etapas, por isso o favoritismo de Alonso está longe de ser uma fatura liquidada.

Outro legado importante do GP da Hungria foi a comprovação de que a Lotus GP é uma das equipes de ponta do Mundial 2012. Kimi Raikkonen e Romain Grosjean subiram no pódio e colocaram o time na terceira colocação no campeonato de construtores, um ponto só atrás da McLaren (a liderança é da Red Bull). O mais incrível é que, em um ano com sete vencedores diferentes, nenhum dos pilotos da Lotus venceu uma corrida em 2012.

Será que na próxima etapa, em Spa-Francorchamps, chegará a vez? Vale lembrar que Bruno Senna andou bem com o carro do ano passado na pista belga – e obviamente o time está bem mais estruturado neste ano. O brasileiro, por sinal, fez boa prova na Hungria e chegou aos 24 pontos, descontando sua diferença para seu companheiro de equipe na Williams, Pastor Maldonado (ele tem 29, sendo 25 deles na vitória em Barcelona). Felipe Massa teve desempenho bem próximo de Alonso na classificação, mas fez uma corrida discreta na Hungria.

A má notícia para o torcedor da F1 é que agora serão quatro domingos de espera até a próxima corrida – as chamadas "férias forçadas". Mas a boa notícia é que a próxima é justamente Spa-Francorchamps. Em uma temporada tão equilibrada, a corrida no circuito mais desafiador da F1 será imperdível!

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