E se, ao invés de um Mundial de F1 com 20 corridas, os fãs pudessem ter a chance de ver uma decisão de título com apenas cinco etapas? Uma espécie de "mata-mata" em um esporte onde o sistema de pontos corridos é o único adotado: pois esta será a decisão do Mundial de 2014 após o GP de Cingapura, disputado ontem.
Afinal, com o completo domínio da equipe Mercedes e seus dois pilotos separados por apenas três pontos de vantagem, quem gosta de F1 terá uma oportunidade única de ver como seria a modalidade com um sistema de playoff como o que acontece nos EUA com a Nascar.
Mas ao contrário da Stock Car norte-americana, não teremos 10 ou 12 pilotos brigando pelo título, e sim um duelo intenso entre dois companheiros de equipe. E com um componente digno de filme: a equipe Mercedes, embora tenha com certeza o melhor conjunto do ano (entre motor e chassi), está longe de ser o time com equipamento mais confiável.
Tanto Hamilton quanto Rosberg já ficaram na mão em alguns GPs de 2014 e os dois sabem que, a qualquer momento, este fator de "sorte ou azar" pode criar uma desvantagem enorme. Ontem foi a vez de o alemão ficar a pé por problemas em seu carro e com isso Hamilton pôde, com sua vitória, voltar à liderança desde o GP da Espanha, em maio. É um momento de virada importantíssimo.
Como se não bastasse o componente de emoção, vemos que nas pistas de rua a Ferrari e a Red Bull conseguiram se aproximar um pouco da Mercedes. Já nas pistas de alta, a adversária tende a ser a Williams de Felipe Massa e Valterri Bottas. Será que os seis pilotos destes três times serão capazes de se intrometer na briga dos pilotos da Mercedes? Se conseguirem, vão tirar pontos decisivos na briga pelo título.
Para finalizar, as pistas que recebem as próximas etapas costumam render boas corridas e algumas surpresas, caso de Suzuka, Interlagos e Austin. Já o GP da Rússia, em Sochi, será uma novidade para todos, tornando tudo ainda mais imprevisível. E o GP de Abu Dhabi ainda vai valer o dobro de pontos.
Quem reclamava de falta de emoção com os títulos seguidos de Vettel vai ter que achar outra desculpa para não ver a F1.
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