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A quinta-feira era dela. O sorriso largo e o previsível atraso ao compromisso inadiável escancaravam a entrega da noite anterior. Sim, ela estava entre as pouco mais de 10 mil pessoas que podem contar para os netos que assistiram in loco à épica vitória do Atlético sobre o Sporting Cristal na semana passada. Riu, chorou, rezou. Fez de tudo em pouco mais de 90 minutos, escondida entre outros "irmãos" (nunca está desacompanhada, costuma dizer), no meio da Curva Norte da Vila Capanema. Até a redenção com as três ressurreições do Furacão em uma única partida. Algo surreal mesmo.

Sim, ela repetirá a jornada nesta noite. Carteirinha de sócia (ou quase isso) devidamente habilitada, seguirá cedo para o Durival Britto. Quer garantir um bom lugar no duelo contra o boliviano The Strongest. Espera passar por menos provações, apesar de pedir a Deus para que o espírito dos 11 escolhidos por Miguel Ángel Portugal seja o mesmo de oito dias atrás.

A simpática especialista em aproveitar a vida tem razão. Apresentados de supetão à Libertadores, os rubro-negros foram forçados a compreender a lógica do torneio continental. E, à primeira vista, entenderam o recado.

Só se vence um campeonato desta importância jogando muita bola – é só espiar os últimos campeões, como Corinthians e Atlético-MG. Essa é condição primordial. Mas no dia em que a técnica não aparece, é preciso tirar algo das entranhas. Apelar ao caldeirão, à torcida, à raça, à sorte e ao que mais tiver em mãos.

O Atlético incorporou tudo isso. O que me dá a impressão de que terá vida longa nesta Libertadores. Um bálsamo em meio à aridez do futebol paranaense, tão acostumado ao papel de coadjuvante. Não sei se vou reencontrar a "fanática" novamente amanhã. Mas espero que continue com o largo sorriso no rosto.

PR x RS

A segunda-feira que passou foi emblemática para mostrar como paranaenses e gaúchos têm estratégias diferentes quando o assunto é futebol. Lá, o dia seguinte ao brigado Grenal foi de entrevistas. Já pela manhã a imprensa foi convocada para falar com os personagens gremistas do clássico que terminou empatado por 1 a 1. Procedimento semelhante adotado mais tarde pelos colorados.

Por aqui, silêncio. O Atlético se fechou porque simplesmente não fala com ninguém, só com quem lhe convém. O Coritiba programou apenas um treino aberto, na terça-feira, no CT da Graciosa. Fora isso, sem acesso a Alex, Deivid, Vanderlei e cia. Por sorte que parte da imprensa, incluindo esta Gazeta do Povo, aprendeu a se virar sem o blá-blá-blá dos boleiros engessados pelas assessorias de imprensa, como mostra o repórter Robson Martins nesta edição. Vale conferir.

Curitiba na Copa

Por questão protocolar a Fifa mantém o dia 18 como o dia D para sacramentar a Copa em Curitiba. Mas não há dúvidas: não perderemos o Mundial.

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