"O Caldeirão do Diabo fervilhava como nunca, cozinhando o próprio Atlético, que não conseguia ganhar de ninguém e o inesperado acontecia (...)".
O texto anterior parece ter sido feito com base na situação atual do Atlético, mas se refere a um período bem mais antigo, exatamente 1980, e está na obra Futebol do Paraná 100 anos de história, de Heriberto Ivan Machado e Levi Mulford Chrestenzen.
Naquela temporada, o Furacão teve de disputar o Torneio da Morte após perder pontos na Velha Baixada nos empates contra Operário, Matsubara, Grêmio Maringá e Paranavaí, e nas derrotas para Guarapuava, Londrina e União Francisco Beltrão.
De certo modo, não é inédita uma crise técnica do calibre da atual no Rubro-Negro em seus domínios, com o empate contra o Corinthians Paranaense e as derrotas para Arapongas e Operário.
Se aquela equipe era tida como modesta, mesmo tendo como nomes que pulam aos olhos o goleiro Roberto Costa e o meia Nivaldo, que depois brilharam no bicampeonato de 1982 e 1983, a atual tem alguns bons valores que também fariam bom papel numa equipe organizada.
Em duas oportunidades, o técnico Geninho reclamou que alguns jogadores estavam se sentindo pressionados na Arena, com medo de errar. Se isso for verdade, estamos presenciando mais um autocozimento atleticano.
A pressão emitida no Caldeirão tornou-se maior ao ponto que o rival Coritiba mostrou o que pode ser o seu melhor time dos últimos anos e a situação política fora de campo tornou-se uma batalha fratricida.
Existe um chavão no futebol de que "tem camisa que pesa". Pode ser o que está acontecendo com vários jogadores atleticanos. A Arena da Baixada ficou conhecida como lugar em que o Furacão era quase imbatível. Várias equipes atleticanas sofríveis dos últimos anos conseguiram se salvar da degola no Brasileirão jogando lá com o apoio da torcida.
Fazer esta "mística" prosseguir é uma grande responsabilidade e querer fazê-la jogar sozinha pelo time é uma grande irresponsabilidade.
A equipe atual entra na categoria "sofrível". Porém, está penando com a falta de controle emocional. Vários jogadores do atual elenco atleticano estiveram em outras equipes de massa e lá também sentiam pressão pelo resultado.
É a hora de um líder surgir no elenco e bater no peito e dizer "ousem e o que acontecer de errado é no meu nome". O sinal do Atlético só mudará se alguém se impor. Por enquanto, o Caldeirão está ligado na função autocozimento e muitos mais se queimarão.
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