Agora os pesquisadores (sempre eles!) me vêm com essa de que chocolate faz bem para o coração. Pelo que os cientistas alemães descobriram, poucos gramas (6, mais especificamente) de chocolate por dia seriam suficientes para reduzir a pressão sangüínea.

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Mas não pode ser qualquer chocolate. Não saia por aí se empaturrando de Suflair porque não vai ter efeito. Tem que ser chocolate amargo. Como já dizia minha avó (uma visionária, sem dúvida), remédio bom tem que ser amargo! Mesmo que a dose seja achocolatada.

Bom mesmo seria se isso de comer chocolate amargo solucionasse de vez os problemas cardíacos. Seria uma maravilha! Já pensou?

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Assim que você sentisse os sintomas de que sua pressão decolou rumo à estratosfera no primeiro ônibus espacial da Nasa que passasse, bastaria sacar aquele tabletinho do bolso. Tudo resolvido. Sem broncas do médico e nem da patroa pelo seu estilo de vida, digamos, não muito recomendado para pessoas que almejam chegar aos 60 anos.

Enquanto não chegamos a esse nível, melhor você, camisa dez do sedentarismo, levar a sério tudo aquilo que te dizem. Diminua o sal, faça mais exercícios físicos, beba menos, pare de fumar... (A quantidade de pontos no final da sentença vai de acordo com o grau de coisas erradas que você faz com sua saúde. No meu caso, vamos preencher um pouco mais este espaço: .......................... ..............................................................)

Mas o que eu vim aqui dizer é que na verdade esses cientistas alemães descobriram receita de ferver água: o óbvio. Que chocolate faz bem para o coração, todo mundo sabe. E não é de hoje – no mínimo, há três mil e quinhentos anos. Desde quando aquele simpático e apaixonado índio maia (ou talvez azteca, ou talvez inca) resolveu surpreender sua pequena com aquela iguaria extraída do cacau.

De lá para cá, não houve coração nesse mundão que não melhorasse ao dar ou receber uma simples caixa de bombom. Desde que não seja de chocolate amargo, obviamente.