Os jogadores da seleção brasileira de futebol não escaparam da tradicional revista no setor de Raio X do aeroporto de Shenyang. Alguns, pouco habituados às formalidades, fizeram cara feia.
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A passagem da seleção pelo aeroporto tumultuou o local. Muitos funcionários deixaram suas funções de lado para tentar tirar uma foto dos jogadores. Ronaldinho Gaúcho era o mais visado. A farra só terminou após uma bronca do técnico Dunga e a intervenção da chefia do setor. "Esses caras são muito folgados", bradou o treinador.
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Já em Pequim, o responsável pela confusão foi um torcedor chinês, fã do meio-campista Diego. Ele brigou e xingou voluntários e seguranças na tentativa de chegar perto do jogador. Só se acalmou quando o ex-santista aceitou autografar o verso de uma fotografia. A imagem era do próprio Diego, de braços abertos, comemorando um gol pela seleção brasileira.
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Confusão na Vila
Na Vila Olímpica, o tumulto em torno da seleção foi similar. Voluntários e atletas correram em direção à delegação assim que se deram conta de quem entrava no condomínio. O mais assediado, claro, foi Ronaldinho. Entre os tietes estava o triatleta paranaense Juraci Moreira. Ele sacou uma máquina fotográfica do bolso e tirou um retrato ao lado do camisa 10. "Essa minha vale como ouro. É uma foto legal para guardar. Acho que eles estão acostumados com o assédio", disse Juraci.
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Apesar do tumulto, Juraci ainda coloca outro atleta no topo do ranking da idolatria dentro da Vila: Michael Phelps. Pela lógica do triatleta, Ronaldinho é adorado por quem gosta de futebol, mas as oito medalhas de ouro conquistadas pelo americano em Pequim o transformam em um mito para os demais atletas.
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No refeitório, mais problemas para Ronaldinho. Cercado por atletas latino-americanos, ele só conseguiu almoçar porque os companheiros fizeram seu prato enquanto o camisa 10 dava autógrafos.
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Idolatria juvenil
A preocupação de Thiago Neves era saber do lateral Rafinha se o goleiro Oliver Kahn estaria em Pequim durante os Jogos Olímpicos. Thiago é fã do camisa 1 da seleção alemã na Copa do Mundo de 2002.
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Blindagem
Para não desconcentrar César Cielo durante a preparação para a Olimpíada de Pequim, os pais esconderam a morte do avô do atleta, Alcides, há cerca de um mês. Até e-mails com pêsames foram interceptados pela família. Somente depois da final dos 50 m livre, na qual foi medalha de ouro, Cielo soube da morte.
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