O atropelo do exótico calendário do futebol nacional não deixa o torcedor nem sequer tomar um ar. Nem bem acabaram os insossos estaduais e já neste fim de semana tem bola rolando pelo Brasileirão. Ou seja, o principal produto do país começa estrangulado pelo rescaldo dos longevos regionais. Assim mesmo, sem nenhum tipo de glamour. Com o adendo de neste ano estar estrangulado por um megaferiado prolongado e dividido em dois por causa da Copa do Mundo. Palmas à dona CBF.
Os pouco mais de 470 caracteres do parágrafo acima não são novidade. Cena comum de um futebol que teima em ter os pés em duas canoas. Um na da profissionalização, com estádios novos, planos de sócios e dinheiro correndo a rodo em retumbantes contratos publicitários. O outro, na da velha política da barganha, com dirigentes ultrapassados e teimosos, quase todos com um gosto sem igual pelo poder.
E assim, de supetão, o que esperar deste Brasileiro? Qualquer análise neste momento soa como um chute quase irresponsável. Mas se é isso que temos, então vamos lá. Vejo Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Internacional um degrau acima. São, nesta quinta-feira, 17 de abril, os favoritos a beliscar o título e as vagas na Libertadores de 2015. Isso mesmo, um grupo sem cariocas e paulistas, o que não deixa de ser uma novidade por essas bandas.
Logo abaixo vem a turma da pauliceia e o Fluminense, quase todos em um processo de reformulação após quatro meses jogados pela janela. Depois disso, são todos quase muito iguais. Onze times que não podem tirar a zona de rebaixamento do horizonte.
São os casos de Atlético e Coritiba. O Rubro-Negro se enfraqueceu consideravelmente. Do time vice-campeão da Copa do Brasil e terceiro colocado no Nacional foram embora Léo, Manoel, Luiz Alberto, Pedro Botelho, Everton, Paulo Baier e Delatorre, para ficar apenas nos nomes mais importantes. Sem contar Vagner Mancini. Ninguém passaria incólume a um desmanche deste tamanho.
Pressionado pela obra da Arena da Baixada, que canaliza parte considerável do dinheiro do clube, e colecionando fracassos nas idas mais recentes ao mercado, o Furacão terá de ser ainda mais atento para não manchar a reinauguração do seu estádio com um novo rebaixamento de divisão.
Tormento que, em menor proporção, passa pelos lados do Alto da Glória. Dependente de Alex e com interrogações grudadas aos nomes de algumas contratações, o Coritiba aposta na quase sempre boa largada de Celso Roth para amenizar sustos futuros. É muito pouco para uma dupla que se acostumou nas últimas temporadas a rondar e até jogar, como o Atlético neste ano o torneio continental.
Série B
Com técnico chegando na véspera da estreia, impontualidade no pagamento de salários e um elenco carente, o Paraná entra na Segunda Divisão como mero coadjuvante.
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