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No dia da chegada de La Roja a Curitiba, ouvi de Pablo San Roman, jornalista espanhol da Agência France Presse que dificilmente os campeões do mundo manteriam o título. "Já ganharam tudo o que tinham de ganhar. Não têm mais motivação", dizia ele.

Confesso que não fiquei muito inclinado a concordar, até pelo estilo de jogo da Espanha, de controlar a posse de bola, que teoricamente não exige tanta entrega física. Mas o nível de competitividade foi tão inferior ao dos adversários que não haveria tiki-taka que resolvesse. Pior, no desespero o time de Vicente del Bosque ainda tentou mudar a forma de jogar, trocar a paciência pela objetividade, e acabou se perdendo de vez.

O vexame de perder as duas primeiras partidas e ver uma eliminação precoce não era esperado nem por Pablo, para quem havia grandes chances de a seleção espanhola cair em alguma fase eliminatória. E nem por ninguém. Tanto que os jogadores estão muito sem ter o que falar desde a derrota para o Chile. Apenas repetem, em defesa própria, que foi um resultado puramente esportivo, que os adver­sários foram melhores e ponto. Somente Xabi Alonso admitiu, ainda no Maracanã, que "faltou fome" ao time. Por falar o óbvio, criou mal estar no já desgastado ambiente dominado pela polarização Barcelona x Real Madrid – algo que anteriormente não impediu um título mundial e dois europeus.

Ficou a lição de quem sem "fome", diante de adversários babando, o que se tem é vexame. A nova geração espanhola vem louca para ‘almozar’, e tem representantes no próprio grupo que treina em Curitiba – Koke, De Gea, Javi Martínez – além de outros que não vieram – Thiago Alcântara, Morata –, mas não parece ter o poder do tiki-taka.

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