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Os gritos de "Nieto, Nieto, Nieto!" da torcida do Atlético, implorando para que o técnico Antônio Lopes colocasse o argentino no segundo tempo contra o Figueirense, assustam. Sem Guerrón, lesionado, so­­brou para o argentino de lances cômicos e estabanados e gols esquisitos resolver o dilema ofensivo do Furacão. A lista de testados no setor nas últimas rodadas só cabem em pergaminho. Além do equatoriano e do argentino, Edigar Junio, o uruguaio El Morro (contratação mais cara da história do Atlético), Adaílton, Rodriguinho, Madson e Pablo tiveram vez. Até o volante Fransérgio entrou na roda durante a meteórica passagem de Renato Gaúcho pelo CT do Caju. O que dizer: um time que luta a duras penas contra a degola não tem atacante do estilo básico, daquele faz seus golzinhos na hora do aperto.

O assunto já está batido, mas parece que a diretoria atleticana vai mesmo apostar no que tem na prateleira de casa, ou então na eficiente bola parada de Paulo Baier, que já salvou o clube de alguns vexames em passado recente.

Amanhã, mais uma vez sem o "homem gol", o Atlético encara um adversário estranho, de boas e más lembranças. Foi diante do Tricolor baiano talvez a melhor apresentação rubro-negra na temporada. Ainda sob a batuta de Adilson Batista, que sonhava que o Atlético poderia atuar com a mesma disposição tática do Barcelona, o Furacão aplicou um 5 a 0 nos nordestinos pela Copa do Brasil, na Arena. Atuação rara em 2011, mas que encheu a galera de esperança.

Logo depois, já pelo Brasilei­­ro, o Bahia voltou ao Joaquim Américo e venceu por 2 a 0. Para o Atlético só interessa a vitória. Derrota em Pituaçu deixa os paranaenses a sete pontos dos baianos, que também lutam contra o rebaixamento.

No tapetão e na Vila

O Paraná terá uma semana agitada dentro e fora das quatro linhas. Na quinta-feira, o Rio Branco será novamente julgado pela escalação irregular do meia-atacante Adriano no Campeonato Paranaense. O clube parnanguara corre o risco de perder todos os pontos em disputa nas seis partidas em que o jogador atuou, além dos quatro conquistados, totalizando 22. Desta forma, o Leão da Estra­­di­­nha estaria rebaixado no lugar doTricolor.

O pesadelo paranista de ter de jogar a Divisão de Acesso do Estadual pode acabar, porém não apaga o vexame de uma temporada mal planejada, repleta de equívocos por parte da diretoria.

Com ou sem virada de mesa no tapetão do Tribunal de Justiça Desportiva, sexta-feira, na Vila, o time de Guilherme Macuglia, que já manifestou a necessidade de reforços para evitar novo sufoco seguido de vexame, pega o Náutico, adversário que figura no G4 da Série B – grupo seleto do qual o Tri­­color foi despejado pelos fiascos em campo, em meio a crises internas e salários atrasados. Ainda assim, um triunfo pode alavancar a difícil arrancada tricolor para voltar à elite em 2012.

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