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O primeiro turno do Paranaense chegou ao fim. E, entre um Atle­­tiba de uma só torcida jogado em data excêntrica e as diversas casas do Atlético, salvaram-se todos. Ou quase todos. A volta inicial do Esta­­dual – e muito provavelmente o cam­­peo­­­­­­nato inteiro – tem um personagem: Amilton Stival, um dos tantos vices da administração Hélio Cury na Federação Para­­naense de Futebol (FPF).

Stival é um sujeito acostumado a agir nos bastidores, na organização preliminar do regional, mas que desta vez (não teria sido assim também em 2009 e 2010?) roubou a cena. Ganhou os holofotes, deixando para trás os gols de Henrique (Cianorte) e Bruno Mineiro (Atlético) ou as defesas seguras de Rodolfo (Atlético) e Vanderlei (Coritiba). Tudo porque é o dirigente quem dita, rodada por rodada, o que vai ocorrer no Paranaense – vale ressaltar que há também os pitacos da televisão, principal patrocinadora da competição. Mas... No fim é ele quem assina a tabela oficial.

O vice da FPF ganhou ainda mais mídia com a ortodoxa política de comunicação de Cury. O sucessor de Onaireves Moura "cultiva" uma extensa lista com nomes de jornalistas para quais não dá a palavra. Para entrar no grupo, basta ter escrito – ou falado – qualquer coisa que desagrade o mandatário. Ao pedido de entrevista, Cury responde curto e grosso: "Com você eu não falo". Quem viu, garante que a lista é extensa.

Assim, com o principal dirigente da FPF seletivo, sobra para o cordial Stival a missão de tentar explicar as mazelas do Paranaense. Coragem. A maior delas: marcar o principal jogo do campeonato, o Atletiba, pa­­ra uma Quarta-Feira de Cin­­zas!?! O Assunto não é assim tão novo, mas por ser inusitado, merece uma reflexão.

Stival costuma dizer que precisaria só de 20 minutos a sós com os críticos para explicar, tintim por tintim, cada uma de suas escolhas. Sobre o grande clássico do futebol local, avisou que o melhor mo­­mento para ser disputado seria mesmo a penúltima rodada do turno (10.ª), evitando assim esvaziar o grand finale, com um possível desfecho antecipado do campeonato.

Ok. Preocupação mais do que justa. Mas não seria o caso então de adiar por alguns dias a bendita rodada? Ligeiro, ele diria que faltam datas disponíveis ao Estadual (quase quatro meses não são suficientes?). O que vale uma contradança. Mas daí não é da FPF se adaptar ao calendário que tem em mãos e, dentro do prazo, fazer o melhor campeonato possível (talvez com menos clubes), protegendo as poucas qualidades do campeonato?

Enfim... Já ouvi de gente graúda da FPF que Stival é um apaixonado pela bola, algo pra lá de louvável em um país em que boa parte dos cartolas dá de ombros para o que acontece dentro das quatro linhas, optando pelo submundo político.

Como todo bom apaixonado, espero que Stival dê a volta por cima no Paranaense 2013. E, não custa pedir, não desligue o telefone na cara deste escriba.

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