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Por mais indiscutíveis que sejam as marcas do Cori­­tiba neste 2011, ainda falta algo de expressão maior para realmente coroar a campanha alviverde na temporada. Como não deu para garantir a Copa do Brasil no primeiro semestre, ficou a esperança da classificação à Liber­­tadores da América do ano que vem. Mas, estranhamente, o Coxa insistiu em vacilar neste Brasileirão, tropeçando muitas vezes diante de adversários mais fracos, o que custa muito caro em um campeonato de pontos corridos.

No último domingo, depois de três meses jogando bem na casa dos adversários, mas sem conseguir resultados, finalmente a equipe de Marcelo Oli­­veira obteve uma vitória convincente em campo alheio. Mas, como eu já havia escrito na edição de segunda-feira desta Gazeta e muitos torcedores co­­xas não concordaram, não dá para se iludir com este resultado.

Bater no combalido Palmei­­ras não pode ser parâmetro para afirmar que o Coxa novamente tomou o bom caminho na reta final do Nacional. O buraco é mais embaixo – ou, mais em cima, no caso do Co­­ritiba.

A prova real daquilo que o Coxa realmente deseja neste Brasileirão será no próximo domingo, contra o Flamengo, no Estádio Couto Pereira.

Quis o destino que – mesmo diante de tantas falhas que custaram uma posição muito aquém daquilo que o elenco do Alto da Glória poderia alcançar, com falhas diante de equipes que lutam para não cair, como Avaí, Bahia e Ceará – o Coritiba tivesse agora, a cinco rodadas do fim da disputa, uma nova oportunidade de mostrar seu valor. Porque domingo o time não vai enfrentar apenas o Flamengo, com toda sua tradição, boa colocação na tabela e Ronaldinho Gaúcho. Vai enfrentar um Fla­­mengo empolgado, entrosado e embalado pela goleada de 5 a 1 sobre o Cruzeiro.

É outra oportunidade – mais uma! – de o Coritiba mostrar a que veio neste Brasileirão. Aguardemos.

Eleição paranista

O próprio técnico paranista, Guilherme Macuglia, jogou a toalha na Série B após a derrota para o Grêmio Barueri, sábado. E se não dá para chegar à Primei­­ra Divisão do Campeonato Bra­­sileiro em 2012, que ao menos se abra os olhos para evitar o rebaixamento – dois no mesmo ano seria tragédia demais.

Mais: que os sócios do Paraná fiquem ainda mais atentos aos discursos dos candidatos à presidência, para que, se não der para melhorar a perspectiva para o ano que vem, que ao me­­nos a situação não fique pior do que já está. Está na hora da torcida tricolor cobrar um projeto de fato para o clube.

Por que não?

Um time que é líder e perde para o lanterna da competição pode muito bem sofrer novo revés diante do antepenúltimo colocado. Adianto aos senhores a preleção de Antônio Lopes para a partida do Atlético contra o Corinthians no próximo domingo, em São Paulo. Por que não, Furacão?

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