Brasil eliminado nas quartas de final da Copa América pelo Paraguai. Hora das críticas. Justíssimas. A seleção brasileira não pode considerar algo normal cair tão cedo em um torneio de nível técnico duvidoso. Não importa se jogou bem, se perdeu um monte de gols, se o gramado estava ruim na marca do pênalti...

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Mas também é hora de apontar soluções. É aí que o bicho pega. Como muitos, não me convenço de ver jogadores como André Santos e Lucas Leiva titulares. E Alexandre Pato mostrou na Argentina não ser o centroavante que o Brasil necessita. Ou seja, precisamos no mínimo de um 5, um 6 e um 9 para montar um time inteiro de jogadores com cara de seleção brasileira. O problema para o crítico vem quando lhe perguntam: "quem então pode jogar ali?"

O centroavante fazedor de gols está em falta. As únicas alternativas diferentes ao alcance são dois jogadores que voltaram ao futebol brasileiro, o que significa curva descendente nas carreiras: Adriano (29 anos) e Luís Fabiano (30). Ambos não vêm jogando por causa de contusões. A instabilidade psicológica do Imperador ainda torna um risco imenso apostar nele.

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Para a posição de primeiro volante, no momento não vejo absolutamente ninguém em condições de vestir a camisa da seleção e impor o respeito que Lucas Leiva não consegue.

A solução mais aparente está na lateral esquerda: Marcelo. O jogador do Real Madrid é o único top de linha mundial brasileiro a ter ficado fora da Copa América – deixando de lado Kaká, por causa dos problemas físicos. Mano Menezes justificou a ausência com o vazamento de um e-mail no qual o lateral informava a seu clube que havia conseguido "se livrar" da seleção brasileira no amistoso com a Escócia. Mas vale a pena uma nova conversa com o amigão de Cristiano Ronaldo para ver se ele está a fim.

Por tudo isso, não é tão descartável o discurso de Mano pedindo paciência com a seleção. Não tanto porque os jogadores que deram vexame na Argentina mereçam. Mas porque são eles mesmos que vão continuar o projeto 2014.

Semifinais

Peru, Uruguai, Paraguai e Vene­­zuela tiveram menos posse de bola e chutaram menos vezes a gol do que os favoritos Colômbia, Argen­­tina, Brasil e Chile nas quartas de final. Mas são os classificados. Argumento forte para os defensores do tal futebol de resultado. Mas que não teria resistido caso Falcao, Messi, Pato e Suazo tivessem acertado o pé.

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Os times que optaram pela marcação como prioridade não impediram os adversários mais qualificados de criar várias chances de gol, o que é o principal objetivo dessa forma de jogar. Valeu mais a sorte e a incompetência dos atacantes famosos para quem se propôs a defender.