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Quando soou pela última vez o apito do Brasileirão 2006, o campeonato já havia se encerrado, quando há três rodadas o São Paulo confirmou o título no empate em 1 a 1 com o Rubro-Negro paranaense, no dia 19 de Novembro e todos os rebaixados já estavam sem as cabeças na penúltima volta.

Mas pra nossa sorte, nós que precisamos assuntar o futebol em folhas e telas, nossos dois prepostos, Atlético e Paraná Clube, deixaram para a última rodada o veredicto de suas campanhas do agora defunto torneio.

O Atlético teve uma reta final de campeonato – e de ano – vexador. Contou com a sorte e o acaso para ficar com a última vaguinha da Sul-Americana, que já se transformou em prato cheio para os esfomeados da ponta de baixo da tabela de classificação.

Vai tentar mais uma vez o torneio da Nissan. Quem sabe até lá já conte com um time mais estável, porque o atual faz sol, chuva e garoa no mesmo dia, como a própria cidade onde o clube tem endereço.

Foi um ano bizzaro para o CAP. Encontrou na "pachucada" um novo adjetivo para explicar seu futebol. Deve entrar na próxima temporada com uma equipe bastante modificada, para alívio da galera, que se acostumou – desde a entrada dos anos 00 – com o melhor do cardápio futebolístico.

Sua classificação para Sul-Americana foi devidamente ofuscada pela inédita vaga à Libertadores do Tricolor da Vila. Justa classificação, por "supuesto".

A competência do Paraná Clube na temporada salvou nossos noticiários esportivos, encerrando o expediente mostrando aos seus irmãos mais velhos como se faz. Com ele não houve pachucadas, salvo em alguns cochilos no segundo turno.

A vaga na Toyota – que na verdade é uma pré-vaga, pois antes de entrar nos grupinhos de pontos terá o mata-mata com algum adversário cucaracha – poderá marcar novos tempos para o futebol paranaense, o qual vem enfileirando presença em torneios continentais nestes anos 00 (CAP em 2000, 2002 e 2005; Coritiba em 2004 e Paraná em 2007).

É que agora, com o Coxa na segundona, o Paranito poderá preencher os espaços deixados pelo Alviverde, seja na elite do nacional ou nesses torneios latino-americanos, só alcançados pela Primeira Divisão. O Tricolor está com a faca e o queijo na mão para melhorar sua força no futebol nacional e, consequentemente, por estas bandas.

Só é necessário preparar o campo pra isso: manter seus bons times que brotam do nada e preparar a Vila para o que der e vier, ampliando sua capacidade para responder aos regulamentos dos tais torneios, que exigem vinte mil para primeira fase e quarenta para segunda.

Emprestar a casa dos outros não é o caso, não é Casinha?

Bem, a Sul-Americana e Libertadores entraram no menu do ano que vem, que já conta com o torneio regional, a Copa do Brasil e Brasileirão. Esqueci algum?

2007 promete mais um belo porre de futebol.

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