Amanhã teremos a última rodada de um Brasileirão surpreendente, o melhor de todos desde a fixação dos pontos corridos. Para os defensores deste sistema, o BR-11 é o melhor argumento. Acreditam ser o mais justo e tão emocionante quanto os mata-matas de antes.
Mas há ainda quem defenda os play-offs e garanta que a edição atual do Nacional foi uma aberração; e que talvez não se repita tão logo. Tá, eu sei, este assunto é maçante, mas particularmente este cartunista e dublê de cronista esportivo gostaria mesmo era ver um campeonato por pontos corridos com um quadrangular final, com mata-matas.
Somaria a regularidade dos que têm mais músculo financeiro com a sorte e casualidade dos magricelas. Mesmo assim não haveria garantia de que um time menos carnudo, transitando pela elite, se desse bem. A maioria dos títulos do Brasileiro, seja por mata-matas ou pontos corridos, está aboletada nas salas de troféus dos grandes clubes.
Mas ainda assim um quadrangular final seria interessante. O quarto colocado entraria nos play-offs com chances iguais ou quase isso de levantar o caneco, mesmo que tivesse chegado ali com dez pontos abaixo do primeiro colocado e com os calções furados.
E, veja só, se o torneio entrasse agora num hipotético mata-mata, só grandalhões disputariam o título. O Coxa, hoje quinto colocado e alojado, junto com o Atlético, no segundo escalão do futebol brasílio, quase participaria no seleto grupo. Nada mal seria ver o Coxa disputando o título entrando num playoff aos 48 do segundo tempo. Mas isso tudo se...
Voltando à nossa realidade, o Alviverde deve se dar por contentíssimo se conseguir confirmar sua vaga na Libertadores, a quinta e última.
Incrível a maneira como entrou pela primeira vez no G5, na penúltima rodada, numa arrancada vertiginosa, com a colaboração luxuosa de seus adversários, quando todos perderam seus jogos.
Não basta ser bem-sucedido; os outros também precisam fracassar, disse algo assim o escritor dândi Gore Vidal.
E justamente porque pode sancionar uma antes improvável vaga à Libertadores que o Atletiba de amanhã, na Arena, ganhou contornos épicos. Porém o clássico seria ainda melhor, mais grandioso se o Atlético dependesse só de si para se safar da Segunda Divisão.
Como depende também que outros fracassem, como o Coxa precisou para ingressar no G5, o Rubro-Negro vai jogar correndo atrás da bola com um radinho no ouvido, pra escutar Bahia x Ceará e Cruzeiro x Galo mineiro.
O Brasileiro de 2011 ficará marcado não apenas por ter sido o melhor de todos, mas também pelo fato de a dupla Atletiba ter mostrado um futebol absurdamente distinto um do outro.
Curioso também que no início da década passada o Atlético era o cara, e o Coxa apenas um decadente coroa, um vizinho sofrível.
Será esta a década do Coxa?
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